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Palmeiras aprova orçamento de R$ 561 mi para 2019 e não conta com Globo

Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras levanta a taça do Brasileirão - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras levanta a taça do Brasileirão Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

19/12/2018 20h33

O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (19), a previsão orçamentária para 2019. A receita prevista é de R$ 561 milhões em toda a temporada, com um superávit estimado em R$ 15 milhões. O detalhe é que toda a documentação foi preparada sem considerar a verba de televisão para os direitos de TV aberta e pay-per-view. A projeção é conservadora, a exemplo do que fez nos últimos anos. 

O clube ainda não renovou com a TV Globo para o ano que vem e considerou que a receita será zero neste item. Caso consiga um acordo, esse número aumentará. Os valores negociados não estão sendo divulgados, mas ultrapassam os R$ 70 milhões por ano. 

Em contrapartida, o Alviverde já pode contar com parte da renda paga pelo Esporte Interativo pelos direitos de transmissão em canal fechado. Além disso, considera que venderá pelo menos R$ 50 milhões em atletas até dezembro do ano que vem. 

O número é considerado conservador dado o potencial de venda dos atletas do Palmeiras, tanto no profissional quanto nas categorias de base, que também tiveram ótimo resultado. Para se ter uma ideia, Dudu não será vendido por menos de 15 milhões de euros, o que significa mais de R$ 66 milhões. Bruno Henrique, outro bastante assediado, tem a multa fixada em 6 milhões de euros (quase R$ 27 milhões)

O Palmeiras deve fechar 2018 com R$ 660 milhões de faturamento, com R$ 30 milhões de superávit, bem acima da previsão de R$ 477 milhões dada em dezembro de 2017. O montante considera também as premiações pelos resultados conquistados, como o título do Brasileirão e a ida às semifinais da Libertadores. Além do prêmio pago pela competição, o clube recebe um bônus de sua patrocinadora. Os mais de R$ 70 milhões de bilheteria conseguidos nesta temporada também já foram somados. A expectativa é que esse valor se repita. 

A Crefisa, aliás, não tem a sua renovação oficialmente assinada, mas já tem a situação encaminha para um novo vínculo de três anos. O acordo gira em torno de R$ 80 milhões, pouco a mais do que os R$ 78 milhões pagos nesta temporada. 

Vale lembrar que o clube tem uma dívida que é corrigida mês a mês com sua patrocinadora que ultrapassa a casa dos R$ 120 milhões. A devolução deste dinheiro, no entanto, só é obrigatória quando os atletas que receberam aportes da Crefisa terminarem seus contratos ou forem vendidos.