"Novo Gattuso", Allan chega à seleção como referência em Napoli que empolga
Tite nunca escondeu a admiração por Carlo Ancelotti. Foi o italiano que inspirou uma mudança no jeito de trabalhar do atual treinador da seleção e definitivamente tornou um jogador referência na Itália como a maior novidade da lista brasileira para os jogos contra Uruguai e Camarões. Allan há algumas temporadas se destaca com a camisa do Napoli, mas somente agora vai vestir a "amarelinha", referendado pelo ídolo do gaúcho.
Leia mais
Tite abre mão de jogadores que atuam no país para não desfalcar Brasileirão
Técnico reclama de calendário brasileiro e revela conversa com CBF
Chamado por Tite, goleiro Brazão tem sondagens da Europa
Desde os tempos de Maurizio Sarri, o Napoli tem empolgado na Itália. No ano passado, por exemplo, a equipe encarou de frente a poderosa Juventus até a última rodada, terminando com o vice-campeonato com apenas quatro pontos a menos. Allan já se destacava ao ponto de chamar a atenção da própria seleção italiana, mas subiu um nível agora sob a tutela Carlo Ancelotti, segundo colocado na atual edição da Série A (21 pontos, também quatro atrás da Juve reforçada por Cristiano Ronaldo).
O ídolo de Tite dirigiu um histórico Milan durante a década passada e não hesitou em comparar o brasileiro, elogiado pelo treinador da seleção na convocação desta sexta-feira (26), a uma das referências do futebol italiano nos últimos anos: o ex-volante e atual técnico Gennaro Gattuso.
"Allan e Rog [jogador croata] me lembram Gennaro Gattuso. Eles são dinâmicos, recuperam muitas bolas e são muito agressivos. Se assemelham", declarou em julho, com poucas semanas de trabalho no Napoli.
Gattuso, atual técnico do Milan, foi um dos principais jogadores italianos da última década. Sempre como titular e tratado como um "motor" no time, o ex-meio-campista teve papel fundamental em dois troféus de Liga dos Campeões com o clube rubro-negro e no título mundial da Itália em 2006.
Allan, por sua vez, é um dos "donos" do meio-campo do Napoli. A postura agressiva citada por Ancelotti ratificou-se na partida exemplar do brasileiro diante do Paris Saint-Germain, pela Liga dos Campeões.
Diante de estrelas do calibre de Neymar e Mbappé, Allan desarmou sete bolas e terminou a partida como o líder entre todos os atletas. Quatro destas intervenções, aliás, foram sobre o agora companheiro de seleção e camisa 10 do clube francês.
As características defensivas exemplificadas nesta estatística anterior, entretanto, não encantavam Tite ao ponto de atender a um clamor pela presença de Allan no grupo. Com Ancelotti, o ex-Vasco ganhou a responsabilidade de também ajudar o ataque. A colaboração ofensiva potencializou o meio-campista.
Na vitória sobre o Milan em agosto, Allan chutou quatro bolas na direção do gol adversário. Essa presença como também um construtor foi destacada por Tite ao explicar a convocação do jogador do Napoli.
"Estávamos monitorando o Allan há bastante tempo. Ele tem rodinha nos pés, jogada no box-to-box, área a área, chame do que quiser. Essa oportunidade se fez merecedora nessa carreira que ele construiu", justificou o treinador da seleção, convencido muito graças ao desempenho do meio-campista sob a tutela da sua referência Ancelotti.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.