Quase gerente, Paulo André comenta transição e política no Atlético-PR
O zagueiro Paulo André, campeão mundial pelo Corinthians e um dos destaques da atual temporada do Atlético-PR - clube em que começou a ter destaque na carreira após ser revelado no Guarani - falou pela primeira vez sobre os planos para a aposentadoria ao final do ano (ou ainda no primeiro semestre de 2019), quando pretende trocar os campos pelos escritórios do CT do Caju.
Conhecido pelas opiniões fortes e por ser um dos líderes do movimento "Bom Senso FC", Paulo André comentou em coletiva após a vitória do Atlético sobre o Bahia por 1 a 0 em Salvador, pela Copa Sul-Americana, como vem sendo a transição. "Eu tô vivendo um dia de cada vez, tô curtindo bastante o grupo, fazia alguns anos que não trabalhava com um grupo tão legal. Tõ feliz pelo desempenho da equipe, nos últimos meses a gente está praticando um dos melhores... "futebóis" (risos) do Brasil."
Questionado sobre qual a função que já ocupa no clube, definiu: "A palavra certa é estagiário. Eu estou lá aprendendo, passo em alguns setores diferentes desde o começo do ano. Como eu moro no CT, tenho algum tempo livre, após os treinos eu sento lá e dou meus palpites. Fiz um curso de administração, pós em gestão do esporte... estou me preparando para cada vez mais seguir esse caminho. Tem bastante coisa para fazer. O clube precisa, o futebol brasileiro precisa. A molecada hoje me encanta muito, de 10 a 17 anos ainda tem um encanto, uma paixão pelo futebol."
Apoiador do movimento Democracia Sim, que questiona o comportamento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em carta assinada por várias personalidades brasileiras, Paulo André disse que o fato de migrar do campo para o escritório não mudará em nada seus posicionamentos incomuns entre os personagens do futebol nacional. "Pra mim não muda nada. Eu continuo sendo a mesma pessoa, com as minhas opiniões, sou um cara extremamente democrático, se tiver uma opinião melhor que a minha, uma argumentação melhor, eu sou o primeiro a aceitar e entender. Os princípios a gente não negocia. Sei que tem uma rejeição muito grande de muita gente no futebol brasileiro, gente que tem medo, tem receio, mas eu nunca me importei com isso e vou continuar não me importando."
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