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Levir revive passado, mas agora tem tempo curto para resgatar Atlético-MG

Levir Culpi reestreou pelo Atlético-MG no jogo contra o Fluminense - Thiago Ribeiro/AGIF
Levir Culpi reestreou pelo Atlético-MG no jogo contra o Fluminense Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

25/10/2018 04h00

Levir Culpi chegou ao Atlético-MG com a incumbência de reerguer o time e conduzi-lo a uma vaga na Libertadores de 2019. O treinador retorna ao Galo como salvador da pátria mais uma vez, como aconteceu em 2006 e também em 2014.

Há 12 anos, o treinador chegou a Belo Horizonte para ocupar a vaga de Lori Sandri na Série B do Brasileirão. À época, o que se esperava era que o Galo fechasse o ano como campeão e com o consequente acesso à elite do futebol nacional. Em campo, no entanto, a situação era bem diferente. Com 13 pontos em oito jogos, a equipe não demonstrava a superioridade necessária para voltar à primeira divisão.

A mudança só veio com a contratação de Levir. O Atlético engatou uma boa série de Série B, com 71 pontos em 38 partidas, e conquistou o título da competição.

Em 2014, Levir foi chamado ainda nos primeiros meses da temporada. Em abril, logo após a derrota por 1 a 0 para o Atlético Nacional na ida das oitavas de final da Libertadores, Paulo Autuori foi demitido. Havia insatisfação com o técnico pelo revés para os colombianos e também com a eliminação para o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro.

A chegada do novo comandante não surtiu efeito imediato - o Galo acabou eliminado na Copa Libertadores ao empatar em 1 a 1 com o Atlético Nacional. Porém, o time mineiro acabou campeão de dois torneios relevantes naquele ano. Os comandados de Levir levaram a Recopa Sul-Americana diante do Lanús, da Argentina, e a Copa do Brasil do mesmo ano sobre o arquirrival Cruzeiro.

Em 2018, Levir chegou com a mesma incumbência de outrora: resgatar a equipe. Na sexta colocação com 46 pontos, o Atlético viu a distância reduzir para o sétimo Santos, agora com 43. Com a posição ameaçada, o treinador tem a responsabilidade de manter os seus comandados entre os seis primeiros para garantir a vaga na Libertadores 2019.

O fato não é tratado como obrigação pelo presidente Sérgio Sette Câmara e seus pares, o vice Lásaro Cândido Cunha e o diretor de futebol Alexandre Gallo. No entanto, a perda da vaga é vista como uma grande frustração pela cúpula atleticana. O planejamento é terminar a temporada entre os seis melhores do Brasileirão para garantir a participação no maior torneio do continente.

Agora, Levir tem oito partidas para conseguir manter o Atlético-MG entre os seis primeiros colocados do Brasileirão.