Entre a cruz e a espada, Barbieri tem última chance para mudar o Flamengo
Maurício Barbieri foi bancado pela diretoria do Flamengo nos últimos dias mesmo diante da intensa pressão nos bastidores para a substituição. Não há, no entanto, garantia de que o trabalho continuará. Tudo depende de rápidos resultados e da apresentação de alternativas em uma equipe que se mostrou "engessada" nos compromissos recentes.
Durante a semana, Barbieri teve reuniões com o comando do futebol. Nas conversas, o técnico foi cobrado para aproveitar a semana livre com o objetivo de corrigir as falhas e criar opções em um time que se tornou refém dos cruzamentos. Entre a cruz e a espada, ele trabalha pressionado e ciente de que abrir mão de algumas convicções faz parte do jogo. O esquema será modificado.
É isso o que os dirigentes esperam ver já no importante jogo contra o Atlético-MG, domingo (23), às 16h (de Brasília), no Maracanã. Os três pontos são fundamentais na tabela do Brasileirão e também no que diz respeito ao trabalho de Barbieri. Em caso de derrota, ficará inviável mantê-lo no cargo.
A pressão continua mesmo com o respaldo momentâneo. Pares do presidente Eduardo Bandeira de Mello e do vice de futebol Ricardo Lomba defendem a troca imediata no objetivo de tentar salvar a temporada. Além disso, o componente político é emblemático, já que o Flamengo passa por eleições em dezembro.
Lomba é o candidato da situação, e sabe-se que se o time fracassar as chances de três anos de mandato diminuem. Em caso de novas derrotas, desvincular a imagem do dirigente dos resultados será tarefa complicada.
Até por isso, não falta quem defenda a aposta em outro treinador. De preferência, alguém mais experiente e com vivência de vestiário, algo em que Barbieri deixa a desejar. Neste caso, o atual comandante voltaria ao cargo de auxiliar, para o qual foi contratado no início de 2018. O fato é que o novato treinador tem a última chance para mudar o Flamengo, ainda que o discurso da semana tenha procurado dar respaldo ao trabalho.
"O Barbieri é o nosso treinador. Confiamos e acreditamos nele. Esperamos que consiga reverter o momento, que não é o adequado. A segurança que ele tem é a mesma de qualquer outro no departamento de futebol. Precisamos render dentro das nossas áreas profissionais e entregar resultados. Não há estabilidade. Não há servidor público. Os jogadores estão insatisfeitos com os resultados, e a gente tem que trabalhar muito", comentou Ricardo Lomba.
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