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Cuca diz que Sánchez só contou sobre expulsão após jogo: "Surpresa"

Técnico se isenta sobre uruguaio: "Fora de campo, é o jurídico que tem que ver isso" - Marcello Zambrana/AGIF
Técnico se isenta sobre uruguaio: 'Fora de campo, é o jurídico que tem que ver isso' Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

22/08/2018 14h53

O técnico do Santos, Cuca, relatou o cenário de surpresa na equipe em meio à possibilidade de punição na Copa Libertadores da América de 2018. O motivo: a escalação do meio-campista Carlos Sánchez no jogo desta terça-feira (21) contra o Independiente (ARG), pelas oitavas de final do torneio.

Sánchez foi expulso de campo em 26 de novembro de 2015, quando ainda defendia o River Plate (ARG), em jogo pelas semifinais da Copa Sul-Americana daquele ano. O jogador pegaria três jogos de suspensão, a ser cumprida apenas agora, mas o Santos alega que uma anistia oferecida pela Conmebol em 2016 permitiria a presença do jogador em campo na terça-feira.

No retorno ao Brasil após o jogo da véspera, Cuca falou com a imprensa. E, mesmo se esquivando do assunto, revelou a surpresa com a lembrança da expulsão relatada pelo próprio Carlos Sánchez.

“Ontem, quando eu estava entrando no ônibus (após o jogo), um repórter da Argentina me chamou e me disse: ‘Profe, está sendo abordado tema de Sanchez’. Fui ao ônibus e perguntei: ‘Você foi expulso?’. Ele disse que não. Depois, ele me disse: ‘Fui expulso na Sul-Americana contra o Huracán’”, contou Cuca. “Foi surpresa, porque se passaram três anos, houve uma anistia da Conmebol. A gente não sabe que tipo de anistia”, acrescentou.

O jogador também desembarcou, mas não falou com a imprensa. Diante da incerteza a respeito da pena, Cuca evitou entrar em polêmicas. No discurso, preferiu se concentrar no empate por 0 a 0 conquistado em Avellaneda.

“Se eles falam que é três (jogos de suspensão) e o Santos fala que é um, tem que ver qual é a real. Não sei. Não cabe a nós. Nosso papel no campo, a gente procura fazer. Fora de campo, é o jurídico que tem que ver isso. Acho que, com certeza, sabiam que o jogador tinha isso, e na nossa parte ele estava liberado para jogar. Para nós, comissão técnica e jogadores, importa dentro do campo”, disse.

Caso o Independiente conquiste os três pontos da partida, o Santos precisará reverter uma derrota por 3 a 0 no jogo da volta, em 28 de agosto. Cuca, porém, ainda não trabalha com essa possibilidade.

“A gente não pode falar em cima de suposição. É bom falar quando é coisa positiva. Mas quando é coisa negativa, não tem como preparar. Temos que preparar para jogar contra o Bahia (no sábado, pelo Campeonato Brasileiro), para depois pensar no jogo da volta”, completou.