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Há dois anos no Inter, Nico López cresce e se aproxima de sequência inédita

Nico López vive sua melhor fase em dois anos atuando pelo Internacional - Ricardo Duarte/Inter
Nico López vive sua melhor fase em dois anos atuando pelo Internacional Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

25/07/2018 04h00

Na última terça-feira, Nico López completou dois anos de Internacional. Contratado com status de craque, o uruguaio de 24 anos não conseguiu, de cara, se firmar no time. Mas o tempo passou e a melhor fase se aproxima com a perspectiva de uma sequência inédita como titular.

Desde sua chegada, Nico oscila entre titularidade e reserva. Em 2016, houve jogos em que não foi sequer relacionado. Era cobrado pela aparente falta de comprometimento e intensidade. Não conseguia exercer funções defensivas, estava sem a melhor adaptação ao clube, ao time, ao país.

Por diversos motivos, um em cada momento, Nico teve no máximo quatro jogos de titularidade seguidos nas principais competições disputadas pelo time naquele ano (Série A de 2016 e 2018, Série B de 2017). Não mais do que isso. E está prestes a romper tal marca.

A estreia veio contra o Corinthians na 17ª rodada do Brasileiro de 2016. De cara, outras duas partidas como titular, contra Cruzeiro e Fluminense. Mas depois, o início da rotina de oscilação de posto. Ainda em seu primeiro ano no Brasil, entre as rodadas 23 e 25, diante de Santos, Atlético-PR e Vitória, mais três vezes titular seguido. E foi só.

Em sua segunda temporada, várias chances surgiram no Gauchão. Ainda assim, faltava a melhor série, o ritmo de jogo, a sequência no time. Poderia vir na Série B. Logo na estreia, titular diante do Londrina e com dois gols marcados. O posto no time de cima seguiu contra ABC, Paysandu e Juventude. Mas em meio a isso veio a queda de Antonio Carlos Zago e uma mudança de planos que resultou em novo afastamento.

Já com Guto Ferreira, uma nova série de quatro jogos como titular se apresentou: Criciúma, Ceará, CRB e Luverdense, entre as rodadas 12 e 15. Mas de novo Nico perdeu posto. Ainda assim acabou o ano como artilheiro do time com 17 gols.

A alternância entre presenças e ausências parecia marcar a trajetória do jogador de forma definitiva. Até que uma evolução, que partiu de um entendimento coletivo nos treinamentos, passou pela integração com o setor de marcação e uma mudança de posicionamento que o fez jogar mais centralizado, alterou o quadro. Nico cresceu e está prestes a igualar e romper tal série.

Já foi titular contra Vasco, Atlético-PR e Ceará. Tem presença quase garantida diante do América-MG nesta quinta-feira e dificilmente deixará o time contra o Botafogo no fim de semana. Atingindo, então, pela primeira vez cinco jogos de titularidade seguida em competições nacionais.

"Vejo evolução em muitos jogadores. No Nico, como no Pottker, que fez o segundo gol seguido. O importante é que todos os jogadores estão comprometidos com o clube, com a ideia de jogo, Independente se iniciam jogando ou não. Num grupo com 35 jogadores, cada um pensa de uma forma diferente, tem com seus anseios individuais. Mas quando se fortalece a ideia num objetivo comum nos tornamos muito mais fortes e tenho falado isso todos os dias para eles. Continuando assim, faremos um Brasileiro de muita força e competência", disse o técnico Odair Hellmann.

Quem pode ameaçar a permanência no time é a volta de D'Alessandro. O argentino disputa vaga na criação de time. O regresso de Damião pode empurrar Pottker para direita, atrapalhando a ideia de manutenção do uruguaio. 

Com sete gols neste ano, Nico López divide a artilharia do Inter com William Pottker. Na quinta-feira, o jogo com América-MG será em Belo Horizonte, às 20h (de Brasília).