Pedido de líderes fez Atlético-MG desistir de demissão de Róger Guedes
O Atlético-MG estava decidido a se desfazer de Róger Guedes. A pedido de líderes do elenco, no entanto, o diretor de futebol Alexandre Gallo resolveu dar uma segunda chance ao atacante. No pior momento do atacante de 21 anos, um grupo de cinco jogadores - formado por Victor, Leonardo Silva, Fábio Santos, Elias e Ricardo Oliveira - pediu à diretoria uma segunda chance ao garoto.
A irritação da cúpula com o jogador, que pertence ao Palmeiras e está emprestado até o fim de 2018, foi devido à postura em casos públicos.
A reclamação ao ser substituído pelo técnico interino Thiago Larghi no jogo contra o Figueirense, pela Copa do Brasil, a briga com o companheiro Tomás Andrade durante um treinamento e o erro que culminou na virada do Vasco na estreia do Campeonato Brasileiro são os mais evidentes. O comportamento polêmico desgastou a imagem do atacante nos bastidores.
Horas após o confronto válido pelo Brasileirão, em São Januário, membros de diretoria e comissão técnica se reuniram para conversar sobre a saída do atacante. Todos estavam convictos de afastá-lo do elenco.
A primeira ideia foi devolvê-lo ao Palmeiras, mas os paulistas recusaram a volta do atleta. A partir daí, Alexandre Gallo teria de buscar outro clube para o atacante. Róger Guedes foi informado da decisão da cúpula. Com quase tudo pronto para deixar Belo Horizonte, recebeu a notícia de que os líderes do elenco pediriam a sua manutenção.
A solicitação do quinteto não se deu apenas pela qualidade técnica de Róger Guedes, mas sim pelo bom relacionamento com grande parte do elenco. A despeito do histórico de problemas internos que já teve, como a briga com Felipe Melo no Palmeiras, o atacante é querido na Cidade do Galo.
"O Róger é um menino do bem. Acho que é muito pouco um menino que às vezes fica chateado por sair do time, por não estar jogando e, às vezes, vai acabar brigando no treinamento. Já fui moleque e já tive essas mesmas deficiências no sentido de moleque rebelde. Tem de conversar. Um cara como ele precisa é de um pouco mais de atenção, é muito talento para ser desperdiçado. O clube tem de tranquilidade e saber lidar com a situação e nós jogadores experientes temos que dar suporte para esses jogadores", declarou Fábio Santos.
"É óbvio que sem deixar de ter a responsabilidade dele, que ele sabe que será cobrado. Mas foi mais na base do apoio, para não deixar a oportunidade passar e não ficar mal visto no mercado, até porque ele é um cara bacana no dia a dia e um baita profissional, então não tem porque de ter esses questionamentos no trabalho dele. Acredito que ele soube entender tudo isso e tomara que possa tirar de exemplo esses dois últimos jogos e nos ajudar na temporada toda", acrescentou.
Victor, Leonardo Silva, Fábio Santos, Elias e Ricardo Oliveira se reuniram com o diretor de futebol Alexandre Gallo e o técnico interino Thiago Larghi para pedir a manutenção do atacante no elenco. Entre os argumentos, estava o fato de ele ter se mudado para Belo Horizonte recentemente ao lado da família e ter matriculado o filho em uma escola da cidade. A justificativa foi vista com bons olhos pela cúpula e o jovem recebeu mais uma chance no clube.
Nos dois jogos seguintes do Galo, Róger Guedes teve oportunidades de atuar. Ele entrou em campo contra o Ferroviário, pela Copa do Brasil, e o Vitória, pelo Brasileirão. Titular em ambos, ele marcou dois gols. Com a lesão de Juan Cazares, o atacante deve permanecer entre os prediletos da comissão técnica alvinegra.
Róger Guedes pediu conversa com líderes
O grupo não se ateve ao pedido de manutenção de Róger Guedes. Os líderes do plantel aproveitaram a influência sobre os demais jogadores para conversar com o atleta.
O próprio atacante pediu conselhos aos responsáveis por sua permanência em Belo Horizonte. Victor, Leonardo Silva, Fábio Santos, Elias e Ricardo Oliveira se reuniram separadamente com o jovem para aconselhá-lo sobre a postura dentro e fora dos gramados.
Após as conversas, Róger Guedes agradeceu aos líderes pela ajuda e prometeu à diretoria que teria outro comportamento em situações semelhantes às anteriores.
"Ele [Ricardo Oliveira] é um cara líder, que sempre vem conversar com a gente. É o Pastor, como é chamado pela gente. O Ricardo é líder dentro e fora de campo e isso já vem com ele de longa data. Assim como acontece com o Fábio Santos, com o Elias, o Victor. A gente tem muitos líderes aqui dentro do Atlético", declarou.
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