Topo

Amizade com Dátolo torna Luan padrinho de novo argentino do Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

21/04/2018 04h00

O torcedor do Atlético-MG certamente se lembra da forte amizade que Dátolo e Luan criaram dentro e fora de campo. Por três anos, o brasileiro firmou uma parceria que foi muito além dos títulos com o argentino. Hoje, mesmo sem contar mais com seu melhor amigo na Cidade do Galo, Luan puxou o acolhimento dos mineiros para construir ótimas relações com outros gringos no clube. Foi assim com Otero, Cazares e mais recentemente Tomás Andrade, o mais novo apadrinhado do "Menino maluquinho".

Luan e Tomás Andrade - Divulgação/Instagram - Divulgação/Instagram
Imagem: Divulgação/Instagram

Tomás Andrade chegou ao Atlético no fim de janeiro e teve as portas abertas por Luan. Aos 21 anos, o argentino já foi tratado como promessa no River Plate e vive a primeira experiência fora de seu país natal. Hoje aos 27 anos, Luan faz a função que um dia os veteranos fizeram com ele, e é um dos responsáveis pela integração e ambientação de mais um argentino no clube. O "Menino Maluquinho" é talvez o jogador que o torcedor mais se identifica, pelo espírito aguerrido, raça e o amor demonstrado pela entidade. Por isso, ele é um dos que tomam a dianteira sempre que chegam reforços. Com Tomás não foi diferente.

"Eu tenho uma relação muito boa com ele, é muito gente boa. Não sei a razão, ele me disse que gosta dos argentinos, que tem uma boa relação com o Jesus Dátolo. Eu não sei por quê, mas tenho uma relação muito boa com ele", comentou recentemente o argentino. Outros dois gringos também possuem alto grau de amizade com o atacante. Nos momentos de concentração, o brasileiro passa a maior parte do seu tempo com Cazares e Otero.

"É só identificação mesmo, a gente tenta ajudar da melhor maneira para eles se adaptarem quando chegam ao clube, eu sou esse tipo de pessoa que tenta se aproximar para falar da história do clube, do jeito que a torcida gosta. Não tenho nada contra ninguém, é identificação mesmo. Não tem a ver com o que você gosta mais ou menos, é o coração que fala quando você se identifica com um cara que tem a mesma doidice que você. O Otero é meio doido, o Cazares também", contou Luan.

Luan, Cazares e Otero - Bruno Cantini/Atlético-MG - Bruno Cantini/Atlético-MG
Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Amizade de Luan e Dátolo virou 'caso para psicólogo'

Desde que voltou ao Brasil, as entrevistas do técnico Levir Culpi sempre carregaram algo que fugia do politicamente correto ou das frases protocolares em coletivas de imprensa. Levir dirigiu o Atlético pela última vez em 2014 e 2015, e viu de perto a amizade de Luan e Dátolo. Em uma de suas entrevistas, o comandante se referiu à dupla como 'caso de psicólogo'.

"O Luan e Dátolo são um caso à parte, para psicólogo. Um maluco brasileiro apaixonado por um argentino. Eles vivem juntos, são muito amigos. É engraçado. Eles têm espírito parecido, de guerreiro. O espírito do Luan, principalmente, é o espírito do torcedor do Atlético e por isso ele é muito querido. Ele dá 100%, o que tem para oferecer", disse Levir.

Dátolo reencontrou atleticanos na última semana

Recentemente, Dátolo matou um pouco da saudade de Luan e de outros antigos companheiros. Na semana passada, o Atlético-MG foi à Argentina para jogar a primeira partida contra o San Lorenzo, pela Sul-Americana. Atualmente defendendo as cores do Banfield, Dátolo aproveitou a estadia alvinegra em seu país para visitar a delegação e registrar o momento em suas redes sociais.