CR7 ofereceu cheque em branco para encerrar processo na Justiça, diz jornal
Cristiano Ronaldo quer encerrar o processo em que é réu na Fazenda Espanhola. O atacante português é acusado de criar empresa em paraíso fiscal para minimizar a carga tributária. De acordo com o jornal “El Mundo”, CR7 se prontificou a pagar a dívida de pelo menos 14,7 milhões de euros (R$ 59 milhões).
O jogador do Real Madrid ofereceu “cheque em branco”, pois quer se livrar definitivamente de pendência judicial. A publicação informa que Cristiano quer encerrar o quanto antes o assunto para evitar risco de ser condenado a prisão.
A Justiça espanhola mira os ganhos de CR7 relacionados à imagem. Sobre os vencimentos trabalhistas envolvendo o Real Madrid, o atacante declara dentro da Espanha. Mas o jogador destinava seus rendimentos com publicidade para fora da Espanha.
A Justiça espanhola entendeu que o estafe do jogador montou a empresa com clara intenção de fraudar o fisco.
Segundo o documento divulgado pelo “El Confidencial”, o camisa 7 da seleção portuguesa declarou apenas 4% dos R$ 536 milhões que ganhou de patrocínios entre os anos de 2011 e 2014.
Cristiano Ronaldo se baseou na Lei Beckham para diminuir o dinheiro destinado à receita espanhola. Dos R$ 536 milhões, apenas R$ 22 milhões foram declarados. O jornal afirma que esta diferença gritante – longe dos 24,75% exigidos por lei para todo trabalhador espanhol - será utilizada no processo contra o português.
A defesa do astro madridista justifica a pequena fatia destinada ao fisco por base na Lei Beckham, que permite aos atletas estrangeiros tributarem seus ganhos com diretos de imagem no estrangeiro. O escritório de advocacia de Cristiano Ronaldo afirma que 92% dos patrocínios do português são gerados no exterior, e por isso apenas os R$ 22 mi dos R$ 536 mi acabaram destinados ao fisco.
Os advogados de Cristiano Ronaldo alegam que apenas R$ 85 milhões dos direitos de imagem do jogador foram gerados na Espanha. A partir deste número, afirmam que o português cumpriu exatamente o legislado no país – 24% em 2011 e 24,75% entre 2012 e 2014.
No documento divulgado, Cristiano Ronaldo usou uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas (Tollin) para destinar a maior parte dos seus direitos de imagem. Por sua vez, o grupo sediado em um paraíso fiscal cedeu o direito de exploração dos direitos às empresas são a MIM, radicada na Irlanda – país de tributação baixa -, e gerenciada por Jorge Mendes, empresário do craque do Real Madrid.
Cristiano Ronaldo recentemente trocou os advogados para se defender da acusação da receita espanhola. Além dele, Lionel Messi também enfrentou problemas com o pagamento de impostos; o argentino do Barcelona acabou condenado a 21 meses de prisão.
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