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Time americano inova e cria seu próprio departamento de tatuagem

Richei Marquez, zagueiro do Philadelphia Union, usa o novo tatuador do clube - Divulgação
Richei Marquez, zagueiro do Philadelphia Union, usa o novo tatuador do clube Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

27/11/2017 04h00

Uma conversa despretensiosa entre um dirigente e um jogador culminou num novo departamento no Philadelphia Union, time da MLS, nos Estados Unidos. Em uma iniciativa que classifica como inédita no mundo do esporte, o clube criou sua própria área de tatuagens, com um tatuador responsável por comandar o setor e fazer os desenhos em jogadores e até em torcedores.

Fã de tatuagens, o vice-presidente de marketing Doug Vosik estava conversando sobre o tema com o lateral-esquerdo holandês Giliano Wijnaldum durante uma sessão de fotos. Ele elogiou alguns desenhos do jogador e disse que também tinha alguns, mostrando um braço cheio de tatuagens ao levantar a manga. O lateral ficou surpreso, e a conversa entre dirigente e reforço fluiu muito bem.

A partir daí, o vice de marketing pensou que oferecer o serviço de tattoos para o elenco poderia não só ser um benefício prático, mas também uma forma de desenvolver mais uma ligação entre os jogadores, ajudando no entrosamento fora de campo.

“Quando estávamos conversando, [o técnico] Jim Curtin veio até nós e disse que também adora tatuagens e pretende fazer algumas no futuro. Aí percebi como pessoas que não se conhecem tão bem podem rapidamente ter uma conexão falando sobre tatuagens e tive a ideia de trazer um artista para o time”, explicou Vosik à “CNN”.

“As tatuagens nos fazem conversar sobre alguma coisa fora do futebol. Alguns dos jogadores que são novos no clube não sabiam que minha mãe havia morrido e descobriram isso pela minha tatuagem. Virou um tema de conversa entre todos nós”, opinou o defensor ganês Josh Yaro, o primeiro a usar o serviço do Philadelphia Union.

Para escolher o responsável pelas tatuagens, ou CTO (Chief Tattoo Officer), o clube fez uma longa seleção que começou com 150 candidatos. O número, então, foi reduzido para 13 e depois para cinco. Com esses finalistas, o Union recorreu às opiniões dos próprios jogadores.

O escolhido foi Jay Cunliffe, dono de um estúdio local. Ele ainda chamou outra finalista para ajudá-lo no projeto, que além de oferecer tatuagens para o elenco também terá sessões para os torcedores do Union. Quem tiver ingressos comprados para os jogos, por exemplo, terá descontos nas tatuagens “oficiais” do clube.

O meio-campista Marcus Epps foi outro que já se empolgou com a ideia. Ele pretende “fechar o braço” com tatuagens usando o serviço criado pelo Union. “Tatuagem é algo meio viciante. No meu tempo livre fico pensando em ideias para novos desenhos”, contou. E assim a ideia do Philadelphia Union, a princípio, vai animando ainda mais seu time de futebol.