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Palmeiras se vê "usado" no mercado e se irrita com especulações

Galiotte, Cícero Souza e Mattos caminham na Academia de Futebol do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/DIvulgação
Galiotte, Cícero Souza e Mattos caminham na Academia de Futebol do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/DIvulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/11/2017 04h00

A excelente situação financeira, uma parceira que não medirá esforços para conquistar a Libertadores e uma estrutura recém-inaugurada têm feito o Palmeiras ser o destino preferido de boa parte dos atletas que mudarão de clube em 2018. Já tinha sido assim na atual temporada.

O clube sabe que está no centro das atenções no Mercado da Bola e se preparou para ser usado por empresários e profissionais do futebol como alavanca para inflacionar os negócios e valorizar jogadores.

O fato tem gerado incômodo. Internamente, o diretor de futebol, Alexandre Mattos, já até brinca com as séries de especulações. “Pensam que eu sou o mágico de Oz” e “vou ter um elenco de 400 jogadores” são algumas das frases usadas por ele para debochar da quantidade de jogadores que tiveram o Palmeiras como destino divulgado.

Mais de 10 atletas já tiveram seus nomes ligados a negociações com o Alviverde. A diretoria só admite que contratará Emerson Santos, zagueiro do Botafogo, e Diogo Barbosa, lateral esquerdo do Cruzeiro. O clube ainda negocia com Weverton, goleiro do Atlético-PR, e pretende assinar com Lucas Lima, meia do Santos, no fim do Brasileirão.

Tirando essas quatro negociações, o discurso da diretoria tem sido o de “só se for uma oportunidade de mercado incrível” ou “para repor alguém que vá sair”.

O que joga contra o próprio discurso da diretoria é a ação dela mesma nos anos anteriores. Além de 2015, quando promoveu uma limpa no time que quase cair, o clube tem mostrado que não tem problemas em bancar contratações que poucos fariam.

Ir ao mercado, inclusive, é sempre a primeira opção, embora o time tenha conseguido ir às finais dos estaduais em todas as idades das categorias de base.

Borja, que custou R$ 35 milhões, Deyverson, que vale R$ 20 milhões, e contratações de destaques de outras equipes como Juninho e Luan, por R$ 10 milhões cada, são os exemplos mais recentes disso.