Topo

Com ano irregular no Flu, Abel agrada Palmeiras por ser agregador

Danilo Lavieri e Leo Burlá

Do UOL, em São Paulo e no Rio de Janeiro

21/11/2017 15h08

Abel Braga é o favorito para assumir o comando do Palmeiras por causa do seu perfil agregador. Embora tenha tido um ano irregular no Fluminense e tenha lutado até o fim contra o rebaixamento no Brasileirão, o técnico ganhou a preferência por seu passado vitorioso e por ter a fama de ser um "paizão".

Alexandre Mattos já iniciou o contato e aguarda uma decisão do comandante para fechar o substituto de Cuca. O certo é que Alberto Valentim não será efetivado. O interino, inclusive, prometeu responder no fim do ano se continuará na Academia de Futebol ou se tentará seguir carreira à frente de algum clube.

O discurso no Palmeiras ainda é de cautela. O clube aguarda a definição da conversa entre técnico e diretoria do Fluminense para, então, ter conversas mais avançadas. Os paulistas também não têm certeza que a família do técnico gostaria de se mudar para São Paulo, mas sabem que a ótima estrutura e excelentes condições financeiras atraem o técnico.

Abel tem contrato com a equipe carioca até o fim do ano que vem e também recebeu sondagens do Internacional. Caso ouça um 'não', o Palmeiras deve ir atrás de Roger Machado, que está sem clube no momento.

De volta ao clube que o consagrou como técnico campeão brasileiro de 2012, Abel Braga desembarcou nas Laranjeiras com a missão de construir uma equipe recheada de jovens e de novos valores revelados em Xerém.

O trabalho começou promissor e o renovado Fluminense teve bons momentos especialmente no primeiro semestre do ano, quando ficou perto do título do Carioca e encantou com um futebol rápido e leve. A saída de Richarlison, contudo, fez o time ter uma nítida queda, o que também foi aumentado por conta das dezenas de lesões que assombraram o Flu no ano.

Antes quase unanimidade entre os tricolores, Abel passou a ter resistência de parte da torcida, que atribuiu a ele algumas derrotas que teriam sido construídas por opções teoricamente equivocadas do comandante.

Apesar do ano atribulado, que teve o seu ponto máximo na ocasião da trágica morte de João Pedro, filho caçula de Abel, o Tricolor tem números razoáveis na temporada. Em 73 jogos, a equipe soma 29 vitórias, 20 empates e 24 derrotas.