G. Jesus diz que Manchester "virou o Jardim Peri" e revela cobranças da mãe
Sensação do Manchester City, o atacante brasileiro Gabriel Jesus foi tema de um documentário produzido pela revista britânica "FourFourTwo", divulgado nesta sexta-feira. O filme de 22 minutos relembra a trajetória do garoto de 20 anos, que deixou a periferia de São Paulo para brilhar no futebol europeu.
O camisa 9 da Seleção Brasileira, titular absoluto com Tite, disse estar surpreso com a rapidez com a qual se adaptou à Inglaterra. Em menos de um ano, conquistou a simpatia da torcida, dos companheiros de equipe e do técnico Pep Guardiola. Com a ajuda de familiares e amigos, Gabriel tem transformado a fria Manchester em um pedaço da Zona Norte paulistana.
"Sendo bem sincero, esperava ser um pouco mais difícil a minha adaptação à cidade, mas não. Acho que me adaptei bem, rápido, e isso me ajudou em campo. Para mim, Manchester virou o Jardim Peri", afirmou o atacante, citando o bairro onde nasceu. "Minha família e meus amigos, quando estão aqui, me ajudam muito, e isso faz a diferença", completou.
Sempre homenageada nas comemorações de gol, quando simula uma ligação para a mãe, Gabriel Jesus também conta no filme as constantes broncas que leva de Dona Vera Lúcia Diniz. "O que ela mais pega no meu pé é com impedimento e pede para eu finalizar para o gol. Ela me ajuda bastante."
Eu dou bronca mesmo. Mãe você tem de respeitar. Eu respeitava a minha", endossou a mãe doa atacante.
Jogou na prisão?
O documentário também revela duas passagens curiosas das primeiras semanas de Gabriel Jesus na Europa. A informação de que, na infância, ele costumava jogar no campo anexo a uma cadeia gerou um boato na Inglaterra de que ele chegou a ser detido. "Quando saiu lá que joguei bola no presídio quando era criança, me perguntaram se eu já fui para a cadeia. Era realmente um presídio, o Romão Gomes [na Vila Albertina, Zona Norte de São Paulo], mas o campo não fazia parte do presídio, só os policiais jogavam lá", esclareceu.
Ele também contou como foi seu primeiro contato com Guardiola. "Quando cheguei em Manchester, eram 18h. A equipe tinha treinado de manhã, mas ele queria que eu fosse para o centro de treinamento. Ali, eu vi que o cara era diferente. Cheguei, e ele estava mexendo no quadro e trabalhando duro para o próximo jogo. Ele me recebeu muito bem, conversou bastante comigo, explicou onde eu iria jogar e como seria importante para a equipe. Isso me ajudou, fiquei contente."
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