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Cuidado com corpo de Cristiano Ronaldo começou aos 16 anos, diz ex-técnico

Cristiano Ronaldo comemora gol do Real sobre o Barcelona, em Barcelona - Juan Medina/Reuters
Cristiano Ronaldo comemora gol do Real sobre o Barcelona, em Barcelona Imagem: Juan Medina/Reuters

Do UOL, em São Paulo

20/10/2017 08h09

Em entrevista ao site oficial da Fifa, o técnico romeno László Bölöni, responsável por promover Cristiano Ronaldo ao time principal do Sporting em 2001, contou que a preocupação com o corpo do astro vem desde a adolescência do jogador. O português subiu como centroavante, mas teve de mudar para a ponta por não ter condições físicas de enfrentar zagueiros mais velhos.

"Ele jogava como centroavante na época, mas eu o movi para a ponta porque subir contra dois zagueiros de 90kg seria demais para um menino de 16 ou 17 anos. Além disso, ele poderia explorar suas qualidades melhor aberto, sem perder sua eficiência. Para minha grande satisfação, Alex Ferguson fez o mesmo quando Cristiano foi para o Manchester United. Hoje, ele é livre para ir aonde quiser, mas na época eu senti que mudar sua posição era a melhor coisa a se fazer", disse Bölöni.

"Como ele era jovem demais, e as regras não permitiram que ele jogasse no time principal, organizamos um programa especial de musculação para ajudá-lo a se manter forte em duelos e, pegando uma frase emprestado de Aime Jacquet, fortalecer seu jogo. Ele entendeu que o que é importante não é só a proeza técnica que os portugueses amam muito e enfatizam demais algumas vezes. Ao dar a ele sua primeira oportunidade na liga profissional, pude apresentá-lo a grandes jogadores, que ajudaram em seu desenvolvimento", completou.

Em texto produzido para o "Players Tribune", Ronaldo diz que cuidava do corpo muito antes de jogar no time profissional de Sporting. O camisa 7 citou fugas do quatro aos 11 anos para fazer musculação.

Bölöni promoveu Ronaldo aos 16 anos de idade, quando o jogador nem sequer podia jogar o Português por causa das regras do campeonato. Hoje, o romeno diz que seu ex-comandado é melhor que Lionel Messi e coloca os dois no mesmo nível de Pelé.

"Obviamente, não posso ser 100% objetivo, mas os dois são jogadores fenomenais, do tipo que raramente existiu. Talvez Diego Maradona, Pelé, Johan Cruyff, Ferenc Puskas e Alfredo di Stefano estavam no mesmo nível, mas não muitos. Dez no máximo. Messi é único do jeito que ele joga, e Ronaldo também. Meu coração naturalmente se inclina em direção a Ronaldo, mas eu tenho o maior respeito possível por Messi", declarou.