Carille tira pressão e banca Kazim, mas admite "plano B" para domingo
O técnico Fábio Carille confirmou a presença de Kazim como titular na vaga de Jô para o duelo de domingo contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem mistério, o comandante do Corinthians tratou de usar a conversa para tirar a pressão do turco e admitiu até, caso não dê certo a aposta, modificar o estilo de jogo corintiano no fim de semana.
Em entrevista concedida no fim da tarde desta sexta-feira, o técnico corintiano tratou de se apegar aos bons jogos de Kazim, que, na última oportunidade como titular – derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO -, recebeu críticas pela atuação. Em 24 jogos, o camisa 18 anotou apenas dois gols pelo clube.
“Contra o Palmeiras no Paulista, o Kazim foi titular e estava bem, com ritmo, tinha feito gol contra o Audax e um jogo maravilhoso contra o Palmeiras. Jô está mais jogado e busca profundidade. Kazim também tem isso, vimos vídeos dele na Turquia e Inglaterra, quando foi contratado. Vem treinando sério e bastante, esperamos que ele corresponda”, declarou o treinador.
Carille enxerga a concorrência de Jô como o principal “vilão” de Kazim na temporada. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, o turco participou de apenas oito jogos, um deles como titular – justamente na derrota para o Atlético-GO, em Itaquera.
“A participação do Kazim é pequena, e o Jô não deu muito espaço e jogou o ano todo praticamente. É passar confiança para que ele possa entrar dentro do campo e fazer o melhor; também não dá para trazer muita responsabilidade para que ele tenha que fazer o gol. Jogar com naturalidade”, acrescentou Carille, que saiu em defesa do turco.
“Kazim é experiente, tem presença, sabe fazer bem a questão do pivô; talvez seja um questionamento só de vocês [imprensa]”, questionou o treinador corintiano.
Carille ainda contou uma recente experiência para ressaltar a confiança em Kazim, de quem promete “não desistir” até o fim da temporada.
“Lá na Argentina ficamos muito tempo esperando o avião, e vários torcedores vieram falar, foi muito legal. A maioria falou: ‘Fábio, continua assim, não desista de nenhum jogador’. Não sinto isso do lado de fora. Ele vem para campo e trabalha para caramba, mas vai dar a resposta. Está aí mais uma oportunidade”, encerrou.
Plano B
Caso a participação de Kazim não surte efeitos, Carille admite ter um plano B: atuar sem um centroavante de referência. Dois jogadores, neste esquema, ganham projeção para o duelo do fim de semana no Mineirão: Marquinhos Gabriel e Clayson, os reservas mais atuantes nas últimas semanas.
“Contra o Botafogo, 3 a 1 na Arena, coloquei o Marquinhos como este jogador e fizemos um segundo tempo muito bom. Já falei com o Marquinhos [Gabriel] e com o Clayson, que jogou assim na Ponte Preta, sobre esta possibilidade de fazer um time de mais mobilidade, com lance individual na linha adversária”, assegurou o treinador.
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