Mattos pede paciência com Borja e vê dificuldade em adaptação do atacante
A sequência de notícias de um ambiente conturbado no Palmeiras fez Alexandre Mattos, diretor de futebol do clube, vir a público para dar sua versão dos fatos. Nesta quarta-feira (26), em entrevista à ESPN, o cartola pediu paciência para a torcida com relação a Borja, atacante que não vive bom momento e foi vaiado na última partida, ao ser substituído.
"Temos de pedir entendimento das pessoas. Ele foi cobiçado por várias equipes, foi tido como unanimidade. É um menino muito do bem e que está procurando seu espaço, sua maneira de atuar", disse Mattos, que enxerga dificuldade de Borja para se adaptar ao Brasil e ao futebol brasileiro.
"Temos de entender que ele chegou de um país diferente, língua diferente. Lá na Colômbia ele tinha uma maneira de atuar diferente. Ele ainda está passando por esse processo. Cada um tem uma adaptação um pouco diferente", prosseguiu o dirigente. "Podemos citar nomes de atletas que tiveram dificuldade de adaptação. Vamos passar confiança para ele. Os jogadores e nós, todos abraçando ele".
Sobre a irritação do jogador ao ser substituído no jogo contra a Ponte Preta, Mattos disse que houve conversa com Borja para "direcioná-lo". "O próprio Eduardo [Baptista, o treinador] conversou com ele. Direcionamos ele para que, se ele quiser falar algo, que fale no dia seguinte, com a gente".
Para esquecer a eliminação do Campeonato Paulista em duelo contra a Ponte, o Palmeiras voltará a campo nesta quarta-feira, contra o Peñarol, no Uruguai, pela Libertadores. Líder do Grupo 5, o time paulista, com sete pontos, joga para chegar a 10 e encaminhar classificação às oitavas de final.
"Peñarol usa várias situações fora da bola: Intimidação, gritaria, catimba, que sabemos que não leva a nada. Mas a gente respeita o clima deles. A gente sabe que, no jogo, o Palmeiras tem qualidade técnica muito grande. O Palmeiras vem cada vez mais se fortalecendo. Hoje é uma adversidade enorme. Pelo histórico, podemos confirmar o quanto é difícil. Mas temos condições de fazer um grande jogo", avaliou o diretor.
"Palmeiras faz o trabalho que pode ser feito. Pedimos um bom juiz, porque todos os jogos tem que ter bons juízes, eles recebem para isso. Estamos confiando que as coisas vão acontecer do jeito que esperamos", concluiu.
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