Unido e entrosado, elenco do Cruzeiro se divide quando o assunto é música
“Aqui é muito bom. Nosso ambiente é ótimo”. Foi o que disse Thiago Neves pouco após a sua chegada ao Cruzeiro. A declaração do meia-atacante é facilmente constatada no cotidiano da Toca da Raposa II.
Até os funcionários de outros setores do clube já perceberam a união do grupo comandado por Mano Menezes. As brincadeiras, sobretudo as lideradas por Rafael Sóbis, são constantes nos vestiários, campos de treino e concentração. Contudo, há uma divergência: a escolha da música.
O fato não atrapalha em nada o ambiente do único grande invicto na atual temporada. Pelo contrário. É motivo de brincadeira e risada entre os próprios jogadores. O fato é percebido após as atividades.
O vestiário se transforma em uma verdadeira mistura de ritmos. Os fãs dos mais variados gêneros escutam em alto e bom som as suas canções prediletas. O barulho é percebido por quem passa nas proximidades do local e as músicas variam entre gospel, sertanejo, pagode, funk, rock e até cúmbia (ritmo sul-americano).
Casado com Camila Campos, cantora gospel, o zagueiro Léo é adepto do ritmo cantado pela esposa. Embora não tenha aversão a outros tipos musicais, ele brinca com a dificuldade para entender os ritmos que embalam o plantel de Mano Menezes:
“O dia a dia é muito tranquilo. Às vezes, aparecem umas três caixas de som ligadas ao mesmo tempo no ônibus (risos). Uma toca cúmbia, a dos argentinos, na outra, pagode, e na terceira, sertanejo”, comentou ao UOL Esporte.
“Aí tenho que colocar meu fone de ouvido e escutar a minha música (risos). Mas é muito tranquilo. O importante é todo mundo se sentir bem”, acrescentou.
Fã de pagode, o recém-chegado Thiago Neves também já percebeu a variedade cultural do elenco do Cruzeiro. O meia-atacante, contudo, garante que há bastante tranquilidade para trabalhar no clube:
“A tranquilidade para trabalhar é como a que não temos em outros clubes. São poucos que têm essa tranquilidade, essa privacidade. Essa alegria que temos no vestiário, a tranquilidade para trabalhar. Todo mundo tem sua religião, mas todos brincam com todo mundo no vestiário”, disse à reportagem.
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