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Solidário a Carpegiani, Autuori ataca federação: 'Sem clima para Atletiba'

REUTERS/Mario Valdez
Imagem: REUTERS/Mario Valdez

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em Curitiba

28/02/2017 18h08

Paulo Autuori está à vontade no comando do Atlético-PR, a ponto de entrar na briga da diretoria do clube com a Federação Paranaense e cravar sobre o maior clássico do Estado: “Não tem clima.” O técnico do Furacão, cada vez mais envolvido com a parte administrativa do clube, não poupou críticas à mudança forçada da partida, por conta da decisão da arbitragem em desencontro com os parâmetros de acesso da imprensa no já chamado “Atletiba do YouTube” – o clássico de número 370 da história. O jogo seria no último dia 19, mas acabou remarcado para esta quarta-feira, 1º de Março.

“O Atlético-PR não queria que esse jogo fosse realizado nesse dia. Nos dias de Carnaval, mais um colega de profissão foi alijado no processo de trabalho. Você não tem clima para um Atletiba como se deve ter. Não consigo digerir isso, é uma vulgarização total”, criticou Autuori em coletiva nesta terça-feira (28), comentando de passagem a demissão de Paulo César Carpegiani do rival Coritiba. Há 10 dias, ambos estavam em campo para o clássico que não aconteceu. De lá para cá, muita coisa mudou, exceto a acidez de Autuori com o que ele chama de “implosão dos Estaduais”.

“Estão sendo implodidos por eles próprios, mas os responsáveis estão com os olhos fechados para isto”, argumentou o técnico. O Atlético deve atuar com o time B no clássico, mas nesta terça abriu-se a possibilidade de três reforços para a equipe que ainda não venceu no Paranaense: o goleiro Weverton, o zagueiro Thiago Heleno e o meia Carlos Alberto. Além deles, fica no ar a expectativa de o atacante Grafite, suspenso da primeira partida da fase de grupos da Libertadores, mas recuperando-se de uma lesão, aparecer no time.

Autuori não quis confirmar qual equipe entrará em campo contra o Coxa, mas anteriormente já havia confirmado o time formado pelos jovens do elenco, que não vêm sendo utilizados na Libertadores, “com um ou outro jogador que precisar pontualmente de ritmo”, nas palavras do técnico.