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Processo, demissão, lesão: A vida dura dos campeões olímpicos de futebol

Neymar em jogo do Barcelona; enrolado na Justiça e não tão bem em campo após o ouro - Albert Gea/Reuters
Neymar em jogo do Barcelona; enrolado na Justiça e não tão bem em campo após o ouro Imagem: Albert Gea/Reuters

Do UOL, em São Paulo

22/02/2017 04h00

Neymar bateu o pênalti no ângulo e deu ao Maracanã lotado uma das medalhas de ouro mais esperadas da história olímpica do Brasil. Na última segunda, a conquista sobre a Alemanha completou seis meses, mas alguns dos principais nomes daquele título não têm muito o que comemorar. Longos períodos no banco, lesões, processos na Justiça e até uma demissão marcaram a vida de alguns dos principais campeões olímpicos, que o UOL Esporte conta na lista a seguir.

Principal astro pode até ser preso

A Justiça da Espanha recusou o recurso e Santos, Neymar e Barcelona serão julgados por acusações de corrupção e fraude na transferência do jogador. O grupo DIS, que detinha 40% dos direitos econômicos do atacante, alega não ter recebido os recursos correspondentes e pede a prisão dos envolvidos – Neymar poderia pegar até oito anos caso o tribunal aplique a pena máxima.

É a gota d’água para quem já não vem jogando tudo o que pode desde aquela época. No Barcelona, ele só fez menos gols em sua temporada de estreia, quando ainda nem era titular absoluto. Neymar ainda segue às turras com a imprensa, irritado com as críticas dos tempos das Olimpíadas.

Se está tudo dando meio errado no futebol, ao menos ele está bem feliz com a Bruna Marquezine, obrigado por perguntar:

 

Chefes demitidos da seleção

Rogério Micale reage após má campanha do Brasil no Sul-Americano sub-20 - AP Photo/Dolores Ochoa - AP Photo/Dolores Ochoa
Imagem: AP Photo/Dolores Ochoa

A seleção que começou fazendo feio, deu a volta por cima e conquistou um título inédito tinha um “chefe”: Rogério Micale, que na época da Rio-2016 parecia o grande estrategista por trás da conquista. Exaltado pelo trabalho, ele foi sondado por alguns clubes, mas ficou na seleção com a expectativa de ser o comandante da base que deveria municiar o trabalho de Tite.

O vexame no Sul-Americano sub-20 que deixou o Brasil sem vaga na categoria, porém, deflagrou a crise. Ele e Erasmo Damiani, até então coordenador das seleções de base, foram demitidos da CBF e saíram falando poucas e boas de Edu Gaspar, braço direito de Tite que deve definir os substitutos.

Gabigol sofrendo na Inter de Milão

Gabriel, atacante da Inter de Milão, se lamenta após perder um gol contra o Bologna, pelo Campeonato Italiano - AP Photo/Luca Bruno - AP Photo/Luca Bruno
Imagem: AP Photo/Luca Bruno

Quando o Brasil subiu ao pódio no Rio, não era absurdo dizer que Gabigol e Gabriel Jesus estavam em níveis parecidos. Seis meses depois, uma afirmação dessa soa bem diferente. O ex-santista, como o xará, foi vendido logo depois do ouro, só que embarcou direto para a Itália e nunca conseguiu se firmar na Inter de Milão.

Foram meses de críticas dos técnicos, muito tempo no banco e entrevistas polêmicas. Wagner Ribeiro, empresário do atacante, chegou a dizer que ele estava sendo “humilhado”. Aos poucos Gabigol vai melhorando. No último fim de semana, marcou o primeiro gol oficial pela Inter e chegou a ser comparado a Ronaldo. Só que ainda está longe do atacante que levou o ouro para casa.

Gabriel Jesus machucado

Gabriel Jesus sofre lesão no jogo do Manchester City contra Bournemouth - Stu Forster/Getty Images - Stu Forster/Getty Images
Imagem: Stu Forster/Getty Images

Aqui é bom ressaltar: Não é que Gabriel Jesus esteja mal depois do ouro. O atacante, afinal, foi campeão brasileiro pelo Palmeiras, terminou 2016 como artilheiro da seleção brasileira no ano e teve um começo fulminante pelo Manchester City. O problema é que nem ele escapou de uma certa “zica”.

Por causa da fratura no quinto metatarso do pé direito, Gabriel Jesus teve de ser operado e ficará fora dos gramados por cerca de três meses. Dependendo de como for a recuperação do ex-palmeirense, ele pode nem voltar nesta temporada europeia.