Topo

Depois do Grêmio, empresa bloqueia contas do Atlético-MG por dívida de 2000

Dívida da época em que Guilherme ainda era atacante do Atlético-MG faz clube ter contas bloqueadas - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Dívida da época em que Guilherme ainda era atacante do Atlético-MG faz clube ter contas bloqueadas Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

16/02/2017 20h14

O ano de 2017 mal começou e o departamento jurídico do Atlético-MG tem trabalhado bastante. Primeiro foi o Grêmio, que através da justiça conseguiu bloquear as contas do clube mineiro, por causa da dívida referente à compra do goleiro Victor, em junho de 2012. Agora é uma empresa mineira que teve vitória idêntica na justiça contra o Atlético, por causa de uma dívida de 17 anos atrás.

Por decisão do juiz Marco Aurélio Albuquerque, da 24ª Vara Cível de Belo Horizonte, o São Paulo deve fazer o pagamento pela compra de Lucas Pratto em uma conta judicial, até a decisão final do processo movido pela WRV Empreendimentos e Participações LTDA. Em 2000, a empresa emprestou dinheiro para o Atlético fazer as renovações de contrato com o zagueiro Cláudio Caçapa e o atacante Guilherme.

Na época, o clube alvinegro teria pegado emprestado US$ 6 milhões, dando como garantia os direitos dos próprios jogadores. Essa briga nos tribunais se arrasta há muitos anos. E empresa cobrava R$ 17 milhões em 2006, R$ 21 milhões em 2008 e agora quer receber R$ 65 milhões. Na ação atual, o Atlético ofereceu o Shopping Diamond Mall como garantia, mas o juiz não aceitou e quer a penhora do dinheiro.

Posição do Atlético

E nota divulgada pela assessoria de imprensa, o Atlético se manifestou com surpresa sobre a decisão que aconteceu em Belo Horizonte, sendo que o caso já está sendo julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

“Sobre a causa da WRV, que tem origem no final da década de 90, o Atlético informa que há um recurso, já admitido, no STJ em Brasília, que em caso de acolhimento fará a anulação total do crédito que a empresa em questão cobra. Por sua vez, mesmo em se tratando de uma execução ainda provisória - depende de julgamento final do STJ - ainda assim a WRV pediu bloqueio das contas do clube, o que causou estranheza com acolhimento de juiz de direito de primeiro grau, conforme decisão divulgada pela mídia. Para preservar os seus direitos o Atlético usará os dispositivos legais cabíveis, usando inclusive, pedido de liminar para a cassação da ordem judicial”, divulgou o Atlético, através da assessoria de imprensa.