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Com vitórias magras, ataque do Corinthians tem pior início desde 2005

Dassler Marques e Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

16/02/2017 12h00

Com quatro jogos oficiais da temporada, além de outros três preparatórios, o Corinthians de Fábio Carille ainda é uma equipe em formação. Depois da vitória por 1 a 0 diante do Novorizontino, na noite de quarta-feira, o treinador admitiu que seu ponto de maior preocupação diz respeito ao ataque. De fato, é no setor que parecem residir os maiores problemas até aqui. 

Com três gols marcados nos quatro jogos oficiais do ano (São Bento, Caldense, Santo André e Novorizontino), o Corinthians tem seu pior início de temporada no ataque desde 2005. Naquela oportunidade, sob o comando de Tite e curiosamente com Jô também como centroavante, os corintianos começaram o ano com três gols nas primeiras partidas. 

"Um grupo forte se constrói com calma. É difícil ficar falando que é começo de temporada. Mas a realidade é essa. Estamos no começo de fevereiro. As coisas são gradativas", comentou Jô. "Um pouco (ansioso), sou ser humano. Sou corintiano acima de tudo. A vontade de fazer o gol é grande, mas não posso deixar que isso atrapalhe meu rendimento para o grupo. Sou atacante, minha função é marcar os gols, mas procuro ajudar a equipe antes", complementou.

"Há seis meses eu estava jogando na China, um futebol totalmente diferente. Não estou me escorando em nenhuma desculpa, mas é claro que isso às vezes interfere. É só o começo de tudo. Tenho certeza que em dezembro todo mundo vai sorrir. Estamos no caminho correto. Torcedor quer para ontem, é natural. Cobranças têm de existir, com respeito e cautela. Creio que mais quatro partidas de sequência o time todo vai estar do jeito que o Carille quer", acrescentou. 

O volante Fellipe Bastos comentou abertamente sobre a dificuldade do time na criação. "A gente precisa movimentar mais um pouco, a gente criou bastante, mas precisamos criar mais. O Corinthians precisa fazer mais gols, a gente tem consciência disso, mas é passo a passo, jogo a jogo. O torcedor quer que a gente ganhe de mais gols. A gente precisa trabalhar em cima de vitória e precisamos fazer mais gols para ficarmos confortáveis dentro dos jogos", disse. 

Até aqui, dos três gols do Corinthians em jogos oficiais, apenas um foi marcado por atacantes. Justamente por Jô, na estreia de 2017, de pênalti contra o São Bento. Rodriguinho, meia, diante da Caldense, e Pablo, zagueiro, contra o Novorizontino, foram os outros artilheiros do ano.