Por Elias, Atlético já aceita mudar postura e colocar a mão no bolso
Comprar bem para poder vender bem. Essa foi a máxima que guiou o Atlético-MG nas últimas temporadas. Investir em jogadores com potencial de venda, para que o clube tenha retorno técnico e também financeiro. Por isso, atletas acima dos 30 anos que foram contratados nas últimas temporadas chegaram à Cidade do Galo sem custos. Ronaldinho, Robinho e Fred custaram ou custam ao clube somente os salários e premiações.
Mas para realizar a vontade do técnico Roger Machado e anunciar Elias como reforço para 2017, a diretoria atleticana se mostra disposta a mudar essa postura. Com 31 anos e perto de completar 32, o volante não deve mesmo seguir no Sporting, de Portugal. No entanto, o clube luso já rejeitou a proposta de ceder o jogar por empréstimo.
Para ter Elias, o Atlético vai ter de gastar. De acordo com o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, o Sporting deseja receber 6 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões) pelo brasileiro. Quantia que o clube mineiro descarta gastar neste momento. Mas como Elias segue com a principal opção atleticana para a posição mais carente do elenco, a diretoria do Atlético já aceitou comprar o antigo volante do Corinthians.
Agora, com intermediação do agente Giuliano Bertolucci, que está em Lisboa, a diretoria atleticana negocia com o Sporting a compra de parte dos direitos de Elias. Inclusive, a expectativa é alta entre os diretores do Atlético, que aguardam um desfecho positivo da negociação nos próximos dias.
Enquanto a diretoria segue as conversas para buscar mais um volante, além de Elias o chileno Claudio Baeza também interessa ao Atlético, boa parte da torcida se mostra preocupada com a demora para anunciar o quarto reforço para 2017. Até o técnico Roger Machado entrou na brincadeira.
“Estou apenas aparentando calma”, disse o técnico do Atlético, que depois explicou o motivo da demora para anunciar o tão esperado volante. Diretoria e treinador não querem errar na escolha.
“Eu comungo um pouco dessa opinião. Já conversei com o presidente e com o Maluf sobre isso. Não devemos ter pressa, mas rapidez. Pressa pode nos trazer problema. Podemos trazer um jogador para cobrir um espaço e não trazer a melhor opção. A gente está atrás, mas o mercado está mexendo mundo. Algumas funções, ao longo dos tempos vai adquirindo mais ou menos procura. Antes era o centroavante, agora é o zagueiro. São caros e difíceis de encontrar. O volante hoje adquiriu uma grande importância, pois não é apenas mais um jogador de contenção. Minha calma é por saber que estamos procurando a melhor alternativa. No momento certo vamos trazer o jogador certo, para nos ajudar por muito tempo”.
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