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Trump quis comprar dois times populares do futebol mundial. E não conseguiu

Trump discursa durante a posse como presidente americano na última sexta-feira - REUTERS/Carlos Barria
Trump discursa durante a posse como presidente americano na última sexta-feira Imagem: REUTERS/Carlos Barria

Do UOL, em São Paulo

21/01/2017 04h00

O apetite voraz de Donald Trump para os negócios mirou o universo do futebol em duas oportunidades recentes. Empossado na última sexta-feira, o novo presidente dos Estados Unidos já quis comprar dois times populares do cenário mundial – e acabou não tendo sucesso. 

Presidente pulou fora de negócio na Escócia

Filho da imigrante escocesa Mary Anne Trump, o novo presidente dos Estados Unidos levou seus negócios ao país de seus ancestrais em algumas oportunidades. Em 2006, por exemplo, construiu um polêmico complexo de campos de golfe no país, apesar da contrariedade dos moradores de Balmedie.

Anos mais tarde, Trump estudou comprar o Glasgow Rangers, popular time de futebol escocês, vencedor de nada menos do que 54 títulos nacionais. Em 2012, o clube atravessava uma grava crise financeira. Com dívidas na casa das 140 milhões de libras, sem condições de pagar os credores, a agremiação foi à falência. Refundado com uma nova designação, teve de recomeçar na quarta divisão.  

Neste momento, Trump analisou fazer uma oferta para controlar o novo clube, mas acabou desistindo. Na época, uma fonte ligada ao empresário declarou à imprensa britânica: "nós analisamos com seriedade e desistimos. Não fazia sentido, apesar de ser um grande clube. Esperamos que alguém tome a iniciativa e reconstrua o time de novo". 

Milhões de Trump foram rejeitados na Colômbia

A ofensiva mais séria do empresário americano em direção ao mundo do futebol aconteceu em 2015. Junto com o empreendedor italiano Alessandro Proto, Trump formalizou uma oferta para comprar o Atlético Nacional (Proto havia comprado um hotel de luxo em Medelín naquele ano). Na época, um porta-voz do Proto Group tornou públicas as razões para a tentativa de compra.

"Depois das análises que fizemos sobre vários clubes, o Nacional nos pareceu o melhor (...) estamos dispostos a investir para fazer do clube de Antioquia [departamento colombiano] um dos melhores do mundo", manifestou o porta-voz do Proto Group, em agosto de 2015, ao jornal El País, da Espanha. 

Mas, depois de um e-mail formal endereçado ao presidente do clube, Juan Carlos de la Cuesta, o afã de compra esfriou. 

"O Nacional quer US$ 150 milhões para vender o clube. Para nós, a proposta é inaceitável. Talvez pensem que nós somos estúpidos (...) oferecemos US$ 100 milhões, que era uma oferta importante. Não estamos dispostos a oferecer mais e continuar com as negociações", manifestou o Proto Group através de seu porta-voz.

A resposta do Atlético Nacional sobre o caso veio através de uma manifestação oficial: "dadas as recentes notas de imprensa sobre um possível acordo de venda do clube, nos permitimos esclarecer à opinião pública e nossa torcida que nossa equipe não estabeleceu nenhuma conversação, diálogo ou negociação com interessados sobre uma possível venda da instituição".

Trump nos esportes: UFC, liga rival da NFL e Mike Tyson
Donald Trump se envolveu com eventos e projetos de MMA em algumas oportunidades - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Em novembro de 2016, uma reportagem do UOL Esporte mostrou como Donald Trump contribuiu para salvar a história do UFC, na virada do século, graças a seus cassinos de Atlantic City. No entanto, o novo presidente dos Estados Unidos acumula alguns fracassos no mundo do esporte. O magnata ajudou a falir uma liga de futebol americano concorrente da NFL, na década de 80, e falhou ao tentar tirar Mike Tyson da prisão durante os anos 90.