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'Jogar na Ilha não é adeus ao Maracanã, é tranquilidade', diz vice do Fla

O Flamengo atuou uma vez na Arena da Ilha em 2016. Agora é a "casa rubro-negra" - Gilvan de Souza/ Flamengo
O Flamengo atuou uma vez na Arena da Ilha em 2016. Agora é a 'casa rubro-negra' Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/11/2016 17h12

O Flamengo surpreendeu ao anunciar nesta segunda-feira (21) o acordo com a Portuguesa-RJ para mandar os jogos na Arena da Ilha por três anos - contrato de exclusividade a partir de 1º de janeiro de 2017 e renovável por mais três temporadas. A diretoria optou por se antecipar aos fatos e ter um lugar para chamar de “casa” no Rio de Janeiro, principalmente por conta da indefinição em relação ao Maracanã.

O contrato do Botafogo com a Portuguesa vai até 31 de dezembro de 2016. Depois disso, o Alvinegro deve atuar no Engenhão. Mas a escolha rubro-negra não teve a ver com a rivalidade cada vez maior entre os clubes. Foi uma espécie de medida de proteção para evitar uma nova temporada de viagens pelo Brasil.

Enquanto disputará os jogos na Ilha, o Flamengo acredita que terá tempo para colocar em andamento o sonho do estádio próprio. Até por isso, o contrato com a Portuguesa pode durar seis anos. Administrar o Maracanã segue como um plano, desde que uma nova licitação seja celebrada pelo governo do Estado. Em caso de venda da concessão da Odebrecht para a francesa Lagardère por R$ 40 milhões, o Rubro-negro não mais jogará no tradicional palco.

“Jogar na Ilha não é dar adeus ao Maracanã, é ter tranquilidade. Garantimos um estádio para 2017. Vamos minimizar a questão do desgaste com as viagens e não teremos uma preocupação a mais enquanto negociamos possibilidades”, explicou o vice-presidente de patrimônio, Alexandre Wrobel, ao UOL Esporte.

“Formalizamos um contrato que pode chegar a seis anos justamente por conta disso. A construção de um estádio próprio não se resolve em menos de três, quatro anos... São licenças, todo o processo. É algo longo. O Flamengo não pode ficar órfão enquanto tudo acontece. Estudamos alternativas. Construção de um estádio, reforma da Gávea. O importante é que agora temos tranquilidade para trabalhar todo esse processo e também não precisamos nos submeter a qualquer coisa que venha do Maracanã se o Flamengo não for protagonista”, concluiu o dirigente.

O Flamengo já negocia a reforma do gramado e mudanças nas arquibancadas da Arena da Ilha. O objetivo é aumentar a capacidade - de 15 mil para pelo menos 20 mil torcedores - e criar uma espécie de "caldeirão rubro-negro", que será fundamental para a disputa da Copa Libertadores pelo menos até as quartas de final. O clube pagará um aluguel mensal e não existe obrigatoriedade em contrato para a realização de todos os jogos no estádio da Portuguesa-RJ.

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