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Bauza discorda de boicote de jogadores à imprensa argentina: "Injusto"

Bauza não concordou com "lei do silêncio" imposta pelos jogadores da Argentina - Eitan Abramovich/AFP Photo
Bauza não concordou com "lei do silêncio" imposta pelos jogadores da Argentina Imagem: Eitan Abramovich/AFP Photo

Do UOL, em São Paulo

21/11/2016 16h41

A decisão dos jogadores da seleção argentina de não falar mais com a imprensa de seu país não foi aprovada pelo técnico Edgardo Bauza. Em entrevista a uma escola de jornalismo em Buenos Aires, o treinador disse que considera "injusto" boicotar todos os veículos de mídia, e que a medida pode ser revista na próxima convocação.

"Foi uma decisão muito conversada. Primeiro, entre eles [jogadores]. E quando pediram minha opinião, disse que não parecia uma medida justa. A decisão foi deles, e eu respeito. Mas me parece complicado, acho que piora as coisas. Acho que isso vai se solucionar em algum momentos, vamos falar disso na próxima convocação, para ver se podemos direcionar somente aos jornalistas que excederam a análise futebolística e caíram em outra coisa", disse Bauza.

A revolta dos jogadores argentinos aconteceu depois que o radialista Gabriel Anello publicou em seu Twitter que o atacante Ezequiel Lavezzi havia fumado um cigarro de maconha na concentração da seleção. O capitão Lionel Messi anunciou o boicote à imprensa após a vitória sobre a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa.

Apesar de ser contra o silêncio dos jogadores, Bauza reprovou a atitude do jornalista que desencadeou a polêmica.

"O jornalismo tem que analisar o futebol, não se meter na vida privada. O que Anello fez com Lavezzi... O que ele quer? Que o escutem mais, porque, além de tudo, foi uma mentira enorme. Foi isso que incomodou os jogadores. Se disserem que jogamos mal ou bem, tudo certo, mas isso já não me parece justo", afirmou o treinador.

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