Ex-Mancha Verde, lateral que caiu com Palmeiras hoje prefere o Inter
Na final do Paulistão de 1993, que tirou o Palmeiras de uma fila de 16 anos sem títulos, um garoto da torcida organizada Mancha Verde vibrou na arquibancada do Morumbi com os 4 a 0 sobre o Corinthians. Nove anos depois, ele fazia parte de um dos momentos mais tristes da história do clube, desta vez do lado de dentro do campo, com o rebaixamento no Brasileirão de 2002. Seu nome: Rubens Cardoso.
Lateral-esquerdo que começou no Botafogo-SP e passou por vários clubes do futebol brasileiro, Rubens contou ao UOL Esporte que a queda para a Série B há 14 anos foi o ponto mais triste de sua vida como atleta. Mais até do que perder a final da Libertadores do mesmo ano, quando defendia o São Caetano e foi vice diante do Olimpia, do Paraguai.
"Minha família toda é palmeirense, eu estava vivendo o sonho do meu pai Otávio e o meu também. E aí fui rebaixado. O Palmeiras era uma das melhores equipes e aconteceu uma tragédia. Tive a oportunidade de disputar uma final de Libertadores e perdemos, mas o pior em 2002 foi o rebaixamento pelo Palmeiras. Você se sente muito impotente, acha que fracassou muito", disse.
Se a passagem de Rubens Cardoso pelo clube de sua infância não foi de muito sucesso, pelo menos o lateral teve outra chance de ser campeão da Libertadores em 2006. E não só conseguiu como ainda ganhou o Mundial contra o Barcelona no fim do ano. Foi pelo Internacional, clube que substituiu o Palmeiras em seu coração depois da carreira de quase 20 anos como jogador profissional.
"Eu era palmeirense, mas depois que você se profissionaliza, essa paixão vai sendo esquecida. E se não alimenta, morre. Hoje, quando me perguntam para quem eu torço, eu digo que tenho grandes amigos no futebol, e torço muito mais para eles do que para um clube. Mas o carinho que tenho são pelas equipes do sul, e mais pelo Internacional", contou ele, que também jogou no Grêmio em 2001.
Foi pelo Grêmio, aliás, que ele trabalhou com aquele que é apontado como seu referencial e sua inspiração: Tite. O atual técnico da seleção brasileira já mostrava "características marcantes" há 15 anos e, segundo Rubens, até hoje os dois se falam por mensagens de celular.
"O que marca muito para mim é a parte humanitária dele. Ele olha nos olhos. O jogador sempre fica desmotivado quando sai do time, então ele tem essa hombridade, e você acredita no que ele está falando. Ele é um expert na comunicação, e uma das partes mais difíceis [de ser treinador] é realmente o relacionamento de um grupo", elogiou.
Foi para Tite, aliás, que Rubens Cardoso pediu dicas quando começou sua carreira de treinador. Após se aposentar no Jabaquara em 2012, ele treinou o Amparo, da quarta divisão de São Paulo, no ano passado. Atualmente, espera um convite de algum clube para o ex-goleiro Clemer, do qual ele será auxiliar em 2017, e ainda alimenta o projeto de ser treinador.
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