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Atletas sírios são mortos pelo Estado Islâmico acusados de serem espiões

Nehad Al Hussein foi um dos atletas mortos pelo Estado Islâmico - Reprodução/Twitter
Nehad Al Hussein foi um dos atletas mortos pelo Estado Islâmico Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

08/07/2016 10h58

A guerra civil na Síria segue cada dia mais longe de um fim e continua fazendo vítimas inocentes. Nesta sexta-feira (08), militantes do Estado Islâmico executaram quatro jogadores de futebol sírios após líderes religiosos declararem que “apoiar o futebol é ser anti-islâmico”.

Osama Abu Kuwait foi um dos atletas mortos - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Osama Abu Kuwait foi morto pelo EI
Imagem: Reprodução/Twitter

As vítimas, que jogavam pelo Al-Shbab, foram decapitadas em frente a um grupo de crianças na cidade de Raqqa após serem acusados de espionagem para os curdos. Grupos dissidentes postaram imagens do crime em redes sociais em que é possível identificar crianças vasculhando o corpo dos atletas em busca de objetos. Diversos grupos em redes sociais contrários ao Estado Islâmico já condenaram a atitude do grupo radical.

Segundo informações do jornal britânico “Daily Mail”, as vítimas já foram identificadas: Osama Abu Kuwait, Ihsan Al Shuwaikh, Nehad Al Hussen e Ahmed Ahawakh foram os alvos do ataque. Uma outra vítima, ainda não identificada, também foi morta pelos radicais.

Nehad Al Hussen e Ihsan Al Shuwaikh foram mortos pelo Estado Islâmico - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Nehad Al Hussen e Ihsan Al Shuwaikh foram mortos pelo Estado Islâmico
Imagem: Reprodução/Twitter

De acordo com a publicação, o Estado Islâmico baniu a prática de esportes coletivos em Raqqa há dois anos, quando tomou controle da cidade, que fica localizada na região centro-norte da Síria.

Ihsan Al Shuwaikh foi um dos jogadores mortos pelo Estado Islâmico - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Ihsan Al Shuwaikh foi um dos jogadores mortos pelo Estado Islâmico
Imagem: Reprodução/Twitter

No último ano, militantes do califado já haviam executado 13 adolescentes por assistirem ao jogo entre Iraque e Jordânia, válido pela Copa da Ásia. Os jovens foram capturados na cidade de Mosul, que também é controlada pelo Estado Islâmico, e acabaram executados em praça pública por um pelotão de fuzilamento.