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O que mudou no Chile e na Argentina desde a última decisão há um ano?

Para tristeza de Messi, Argentina foi derrotada pelo Chile na final da Copa América 2015 - AP Photo/Natacha Pisarenko
Para tristeza de Messi, Argentina foi derrotada pelo Chile na final da Copa América 2015 Imagem: AP Photo/Natacha Pisarenko

Do UOL, em São Paulo

25/06/2016 06h00

Quase um ano depois, Chile e Argentina voltam a se enfrentar na final da Copa América, no próximo domingo (26), a partir das 21h (horário de Brasília). Apesar do pouco tempo desde a última decisão, as duas seleções passaram por mudanças importantes. Desde o fim do ciclo de técnico e jogadores, passando por novas caras de ambos os lados até o novo momento vivido por alguns jogadores.

Chile sob nova direção…

Pizzi - MARTIN BERNETTI/AFP - MARTIN BERNETTI/AFP
Imagem: MARTIN BERNETTI/AFP

No Chile, a principal mudança está na beira do campo. O badalado Jorge Sampaoli deixou o comando dos atuais campeões da América e acertou com o Sevilla. Em seu lugar, assumiu Juan Antonio Pizzi, que manteve a característica do domínio da posse de bola, mas verticalizou mais o jogo chileno.

 

...e sem Valdivia

Valdivia - Quinn Rooney/Getty - Quinn Rooney/Getty
Imagem: Quinn Rooney/Getty

Uma das principais mudanças do Chile depois de um ano é a ausência de Valdivia, velho conhecido da torcida brasileira que não figurou sequer na pré-lista do novo técnico para a Copa América. Outra mudança sensível para esta final será o equilíbrio na arquibancada, uma vez que no ano passado o Chile havia conquistado o título inédito diante de torcida apaixonada no Estádio Nacional na capital Santiago.

 

Argentina sem Tevez…

Tevez - JORGE ADORNO/REUTERS - JORGE ADORNO/REUTERS
Imagem: JORGE ADORNO/REUTERS

Do outro lado do confronto, a mudança mais sensível é a ausência de Carlitos Tevez, que não foi convocado por Tata Martino para a Copa América. Um ano atrás, o atacante do Boca Juniors não era titular, mas costumava entrar no decorrer das partidas. Agora, assistirá à final do sofá.

 

…mas com Higuaín em grande fase

Higuain - Winslow Townson-USA TODAY Sports - Winslow Townson-USA TODAY Sports
Imagem: Winslow Townson-USA TODAY Sports

Higuaín vive seu melhor momento na Argentina. Muito criticado por desperdiçar chances claras de gol na final da Copa do Mundo em 2014 e da Copa América no ano passado, o atacante vem de grande temporada pelo Napoli e levou o bom momento à seleção. Para chegar à decisão, ele marcou dois gols contra os EUA na semifinal e balançou as redes duas vezes contra a Venezuela nas quartas. Passou em branco na fase classificatória, mas não se pode reclamar dele no mata-mata até aqui.

Messi vive estado de graça

Messi - Bob Levey/Getty Images/AFP - Bob Levey/Getty Images/AFP
Imagem: Bob Levey/Getty Images/AFP

No ano passado, Messi vinha da conquista da Tríplice Coroa (Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Liga dos Campeões) com o Barcelona e fez uma boa Copa América. Apareceu em momentos importantes e liderou a Argentina à final. Na decisão, já na prorrogação, ele fez grande jogada partindo do meio de campo que terminou com grande chance perdida por Higuaín. Mas foi criticado pela postura, não chegou ao título e ficou com o sabor amargo do vice-campeonato.

Agora, também após temporada vitoriosa em Barcelona, Messi vive estado de graça dentro e fora de campo nos EUA. É o vice-artilheiro da competição com cinco gols e deu quatro assistências em cinco jogos. Fora o show de bola que tem proporcionado aos americanos e sul-americanos residentes nos EUA. Ganhou nova música dos argentinos e foi comparado com Michael Jordan pela mídia norte-americana. Se for campeão, tem tudo para ser eleito o craque da Copa América Centenário.

E Di Maria?

Maria - Charles Rex Arbogast/AP - Charles Rex Arbogast/AP
Imagem: Charles Rex Arbogast/AP

Angel Di Maria é uma das grandes incertezas para a final da Copa América Centenário. Caso jogue contra o Chile no próximo domingo, será uma das diferenças diante da decisão no ano passado. Com lesão muscular, assim como na final da Copa do Mundo, o craque do PSG perdeu a final em Santiago. E o “fantasma” das lesões voltou a assustá-lo nesta Copa América.

Após gol, assistência e boa partida contra o próprio Chile na primeira rodada da fase de grupos, Di Maria sentiu lesão muscular no jogo seguinte e ficou toda a campanha da Argentina em recuperação. Na última quinta, participava normalmente do treino com os colegas, quando sentiu desconforto muscular no mesmo local da contusão, deixou a atividade mais cedo e logo virou a grande dúvida para a decisão.