Ex-diretor do Palmeiras segue passos de Ronaldo e trabalhará nos EUA
O futebol está ganhando cada vez mais força nos Estados Unidos. Em um país cuja bola oval atrai muito mais atenção que a redonda, diversos investidores estão iniciando projetos apostando em um mercado que ainda tem muito potencial para ser explorado.
Após Ronaldo "Fênomeno" aventurar-se na terra do tio Sam como um dos proprietários do Fort Lauderdale Strikers, clube que disputa a NASL, o ex-diretor de futebol do Palmeiras, José Carlos Brunoro, será o próximo a trabalhar no país.
Em entrevista ao UOL Esporte, Brunoro revelou ter sido convidado para trabalhar no recém-criado San Francisco Deltas, clube que ficará sediado na cidade que dá nome à equipe. Responsável por iniciar o projeto do Audax, clube que disputou a final do Campeonato Paulista nesta temporada contra o Santos, o executivo terá pela frente o desafio de criar todo o departamento de futebol do clube norte-americano, que estreará em competições oficiais apenas em abril de 2017. Para isso, já sabe por onde começar.
"Vou ver contratações e treinadores. Já escolhemos mais ou menos o perfil do treinador, agora vamos ao mercado em busca disso. Depois vamos olhar jogadores, realizar alguns testes nos Estados Unidos com jogadores americanos e faremos algumas análises com jogadores estrangeiros", explicou Brunoro.
Segundo o executivo, não há uma preferência por uma nacionalidade específica para o cargo. Brunoro ressalta que o importante é encontrar alguém que tenha pleno domínio do idioma, para facilitar a comunicação, e que esteja interessado e disposto a seguir a filosofia do clube, que é inspirada na cidade em que ele está localizado.
"O San Francisco tem três pilares. Inovação, transparência e comunidade. Inovação pela cidade de San Francisco, que é a cidade da inovação, startups. Vamos trabalhar dentro desta linha, com técnico inovador, mas que também seja diferente, que jogue de uma maneira mais legal, mais bonita, para atrair o povo e a comunidade. Estamos fazendo um trabalho forte de comunidade. Além dos americanos, tem uma comunidade forte brasileira, indiana, mexicana, latina de alguma forma. Queremos um jogo que agrade neste sentido", ressaltou Brunoro.
O executivo ainda destacou que prefere trabalhar em projetos como este, em que tem autonomia para criar o departamento de acordo com a maneira que julga mais conveniente, ao contrário do que aconteceu em Palmeiras e Santos, últimos clubes onde trabalhou no Brasil.
"Um dos motivos que eles me contrataram é pelo trabalho do Audax, porque lá eu comecei totalmente do zero. Então, não é uma novidade para mim (começar o trabalho do zero), é até um trabalho que prefiro, assim posso começar sem vícios e com uma mentalidade nova. A ideia é fazer o que eu fiz no Audax, só que aqui nos Estados Unidos", projetou Brunoro.
Contudo, o dirigente sabe que encontrará um perfil totalmente diferente de consumidor entre os norte-americanos. Enquanto no Brasil o futebol é o esporte mais popular, nos Estados Unidos ainda há uma preferência por outras modalidades, como basquete e beisebol. Por isso, Brunoro conta com a experiência de Ricardo Geromel, irmão do zagueiro do Grêmio, Pedro, e que já trabalhou no futebol norte-americano ao lado de Ronaldo.
"É muito interessante, porque não existe ainda nem o time, nem os jogadores, mas já vendemos muito season tickets (pacotes de ingressos para acompanhar o clube durante a temporada). O departamento de marketing já vendeu bastante. Todos esperam um trabalho que resulte em um jogo diferente, bonito. O desafio será aprender a trabalhar como eles trabalham", salientou o dirigente.
Por fim, Brunoro não descartou a possibilidade de contratar alguma estrela do futebol mundial para ajudar a divulgar o clube. A estratégia já foi aproveitada por equipes da Major League Soccer, que contrataram astros como Thierry Henry, David Beckham e Andrea Pirlo para ajudar a popularizar o esporte no país.
"Vamos tentar atrair alguns jogadores mais experientes, mas nós temos um orçamento que não dá pra fugir. Dentro disso, vamos tentar mesclar. Temos direito a sete estrangeiros. A ideia é que eles sejam os mais experientes da equipe. Vamos tentar trazer alguém com certo nome, que é sempre importante. A parte mais jovem será formada pelos americanos", concluiu o dirigente.
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