Com uma exceção, reforços de 2016 sofrem para cavar espaço no Palmeiras
O Palmeiras rescindiu o contrato do meia Fellype Gabriel na última terça-feira, depois de o jogador ter atuado por apenas 20 minutos em quase um ano no clube. A baixa participação do atleta trazido pelo diretor de futebol Alexandre Mattos em junho do ano passado se repete com a maioria dos reforços recentes.
Apenas Jean é uma exceção nesse cenário. O jogador agarrou as chances que teve e figura como um dos que mais atuaram na equipe alviverde em 2016, ao contrário dos outros sete jogadores contratados no início da temporada: Erik, Roger Carvalho, Edu Dracena, Régis, Moisés e Rodrigo.
Chegando bem depois dos outros e com menos de um mês no clube, Róger Guedes parece que trilhará o mesmo caminho de Jean. Mas, com apenas duas partidas disputadas sob o comando de Cuca, ainda é cedo para afirmar que já tem espaço cativo entre os titulares do Palmeiras para as disputas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.
Concorrência maior na temporada 2016
O fato de o elenco do Palmeiras estar inchado desde o ano passado contribuiu para grande parte dos reforços não conseguirem espaço na equipe. No começo do ano, por exemplo, o clube contava com seis volantes no grupo.
Um dos nomes contratados para a posição, Rodrigo ainda não entrou em campo nas 23 partidas que o Palmeiras disputou em 2016. Ele está emprestado ao clube paulista pelo Goiás pelas próximas duas temporadas. O mesmo aconteceu com o goleiro Vagner, que, do banco de reservas, viu Fernando Prass jogar todos os 2.070 minutos com o time em 2016.
Na zaga, Roger Carvalho e Edu Dracena acabaram superados por Thiago Martins — o defensor de 21 anos retornou de empréstimo no começo do ano e já disputou 12 partidas no ano. O jovem jogador desbancou a dupla e assumiu a posição de titular. Edu Dracena era apontado no início do ano como parceiro ideal de Vitor Hugo, mas uma lesão o afastou dos campos por mais de um mês.
A contusão abriu espaço para outros jogadores como Leandro Almeida, bastante contestado pela torcida, e Roger Carvalho, que não conseguiu se fixar e fez apenas 7 jogos na temporada. Dracena voltou, mas não retomou a posição e acumula 6 partidas disputadas no ano.
A forte concorrência na zaga ocorreu também no meio-campo. Régis, nesse cenário, teve apenas quatro oportunidades de entrar jogar (foram 135 minutos). Allione e Robinho foram os mais utilizados no setor.
Jean, por sua vez, conseguiu figurar entre os mais efetivos, com 17 jogos, mas fugindo da inchada posição de volante e indo atuar na lateral direita.
já o meia Moisés começou bem a temporada, com gol diante do Libertad-PAR na pré-temporada. Uma fratura no pé esquerdo, contudo, tirou as chances de o atleta lutar por uma vaga. Dessa forma, ele jogou somente o primeiro tempo da partida contra o Linense, dia 13 de fevereiro.
Para o ataque, o Palmeiras desembolsou R$ 13 milhões para tirar Erik do Goiás. A revelação do Brasileirão 2015, entretanto, jogou 389 minutos, em 12 jogos, sempre entrando nos momentos finais da partida.
O novato Róger Guedes, em contrapartida, ganhou chances de imediato, mesmo com as características similares às de Erik. O atacante de 19, ex-Criciúma, participou dos últimos dois jogos, com direito à titularidade na semifinal do Paulistão, diante do Santos.
A concorrência deve aumentar até a estreia no Brasileiro. Principalmente, após a chegada dos três reforços fechados nesta semana. Os laterais Fabrício e Fabiano vieram do Cruzeiro para os lugares de Lucas e Robinho. O lateral/meia Danilo Tche Tche, que está no Audax, deve se juntar ao elenco alviverde após a disputa da final do Campeonato Paulista.
As negociações e os acertos ocorreram após um pedido do técnico Cuca, que comanda a remontagem do time alviverde após as eliminações na Libertadores e no Paulistão.
Número de jogos dos contratados de 2016
Jogadores que mais atuaram em 2016
Dudu: 16 jogos / 1.212 minutos
Egídio: 15 jogos / 1.169 minutos
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