Diretor do Cruzeiro pega gancho de 90 dias após caso sobre 'compra de juiz'
O supervisor de futebol afastado do Cruzeiro, Benecy Queiroz, foi julgado nesta tarde de quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa das declarações feitas sobre um eventual pagamento a um juiz de futebol para beneficiar o clube na década de 70. Benecy pegou uma punição de 90 dias (a partir desta quinta-feira), mas o tribunal afastou a hipótese de corrupção, já que as informações sobre a data, local, árbitro e partidas não foram precisas. O Cruzeiro também não foi punido.
O caso envolvendo Benecy gerou muita polêmica no início do ano. Em entrevista ao canal Rede Minas, o dirigente comentou já ter feito o pagamento para um juiz ajudar o clube mineiro. No entanto, os dados citados pelo supervisor não foram coerentes, já que citou um goleiro do Cruzeiro das décadas de 70 e 80 e um treinador que só treinou o clube no início dos anos 90.
Dias depois da declaração, o vice-presidente de futebol do clube, Bruno Vicintin, rechaçou qualquer possibilidade da história ser verdadeira. Mais tarde, o próprio Benecy foi aos microfones para desmentir e alegar ter contado um ‘causo’, mas adiantou que pretendia desacelerar suas funções no clube.
A punição não muda tanto o futuro do Cruzeiro e do próprio Benecy Queiroz daqui para frente. Como já informado, o clube não foi punido, enquanto o supervisor já não exerce mais suas funções na agremiação. Desde o dia 15, o presidente Gilvan de Pinho Tavares confirmou o afastamento do dirigente, alegando problemas de saúde. Na semana passada, Pedro Moreira, ex-diretor de negócios internacionais e que trabalha no clube há oito anos, foi anunciado como novo supervisor de futebol.
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