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São Paulo processa Puma e pede indenização por quebra de sigilo

Guilherme Palenzuela e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

12/01/2015 15h05

Depois de uma troca de farpas por meio de notas oficiais, o imbróglio entre São Paulo e Puma foi parar na Justiça. Ao contrário do que prometeu a empresa alemã, porém, quem entrou com a ação foi o clube, que cobra uma indenização por quebra de sigilo. O valor da causa é de R$ 1 milhão, e a ação foi publicada nesta segunda-feira.

O São Paulo, atualmente, é patrocinado pela Penalty, que tem contrato até o fim do ano, mas já está acertado com a empresa norte americana Under Armour para substituir a brasileira. A ideia da direção são paulina é realizar a troca após o Paulistão, mas ela pode ocorrer em qualquer outro momento do ano.

A Puma, por sua vez, ao saber do acordo com a Under Armour, alegou que tinha assinado um pré-contrato em agosto do ano passado com o clube para substituir a Penalty – em nota oficial, ameaçou processar o São Paulo, que respondeu que o documento, na verdade, se tratava de uma carta de intenções, com vencimento previsto em setembro de 2014.

O UOL Esporte teve acesso à carta, e confirmou a informação da direção são paulina: ali está escrito, de forma clara, que não se trata de nenhum tipo de contrato. O texto diz que “ambas as partes vão empreender esforços razoáveis para a assinatura de um contrato até o dia 30 de setembro de 2014”.

A assinatura não ocorreu no prazo previsto, e o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, afirmou ter enviado uma carta ao presidente da Puma no Brasil, Fabio Espejo, avisando que a carta já não produziria mais efeitos. A reportagem também teve acesso à esse documento; lá, anotações feitas pelo mandatário são paulino dizem que o executivo teria se recusado a assinar confirmação de recebimento da carta.

Na ação, o São Paulo também pede que a Puma seja proibida de realizar qualquer ato que tente força-lo a assinar um acordo definitivo ou prosseguir nas negociações, além da indenização e da declaração de invalidade da carta de intenções. Uma liminar foi pedida para manter a empresa longe do clube, mas foi negada.

Em contato com a reportagem, o presidente na Puma no Brasil, Fabio Espejo, disse que prefere não comentar mais o assunto.