Egídio supera fase de baladas com R10, encontra amor em BH e firma carreira
A vida pessoal de Egídio está estreitamente ligada à profissional. Em ótima fase no Cruzeiro, onde tornou-se bicampeão brasileiro consecutivo, o lateral esquerdo superou a saída conturbada do Flamengo, a dificuldade para se firmar em outros clubes e tornou-se uma das referências em sua função no país. E toda esta trajetória está relacionada às mudanças em sua intimidade.
O camisa 6 iniciou a carreira na Gávea, em 2003. Sem espaços devido à jovialidade, foi emprestado a Paraná, Juventude, Figueirense e Vitória. Em 2011, voltou ao Rio de Janeiro e teve a oportunidade de se tornar o titular do time rubro-negro.
A chance de se firmar no clube carioca, no entanto, foi desperdiçada. O jogador atribui o problema ao extracampo. As noitadas ao lado de Ronaldinho Gaúcho, contratado pelo Flamengo no início daquele ano, não eram bem vistas por Vanderlei Luxemburgo, técnico da equipe à época.
“Sempre me pergunto por que não deu certo no Flamengo. Não sei se é porque eles não valorizam. Quando era para me firmar, criei amizade com o Ronaldinho. Acharam que queria acompanhá-lo. A gente saía sempre e o treinador (Vanderlei Luxemburgo) me perguntou: ‘Vai ficar acompanhando o Ronaldo?’. Não aceitei muito bem na época. Fiquei dois jogos sem ser relacionado, embora estivesse bem. Pedi para ir embora e fui para o Ceará”, contou Egídio ao UOL Esporte.
A história de Egídio foi construída em outro lugar. Longe de Ronaldinho Gaúcho o meia-atacante, famoso pelas noitadas que frequenta, o lateral-esquerdo passou a defender o Goiás e foi o destaque do time em 2012, durante a Série B.
No ano seguinte, ele acertou com o Cruzeiro. No mesmo período, o craque da camisa 10 já defendia as cores do arquirrival Atlético-MG. A amizade foi retomada e a dupla seguia se encontrando, mas em uma frequência menor.
Menos baladeiro em Belo Horizonte, Egídio deixou a vida noturna de lado e encontrou o amor. A mineira Thaísa fisgou o coração do jogador celeste no princípio de 2013 e fez com que ele mudasse a sua trajetória, tornando-se um dos principais nomes do Cruzeiro. O lateral atribui a alteração de comportamento ao matrimônio, iniciado em janeiro deste ano.
“Sem sombra de dúvida que a minha esposa me ajudou a amadurecer um pouco mais. A questão é que, no Flamengo, tinha a resenha com o Ronaldinho sempre. Acho que isso complicou um pouco a minha sequência no clube. Hoje, estou mais maduro, casei e sou mais família. A gente aprende com os erros do passado”, acrescentou.
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