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Di Stéfano não resiste a uma parada cardíaca e morre aos 88 anos

Do UOL, em São Paulo

07/07/2014 12h24

O ex-jogador Alfredo Di Stéfano, um dos maiores nomes do futebol argentino e espanhol, faleceu nesta segunda-feira aos 88 anos. Ele estava internado no hospital Gregório Marañon, em Madri, desde o último sábado, quando sofreu uma parada cardíaca em uma rua próxima ao estádio Santiago Bernabeu.

"O Real Madrid C.F. comunica que seu presidente de honra, Alfredo Di Stéfano, faleceu hoje às 17h15 no Hospital Geral Universitário Gregorio Marañón de Madrid. O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, e a Junta Diretiva do clube querem expressar suas mais profundas condolências e todo seu carinho e afeto por seus filhos, seus familiares e amigos", manifestou-se o clube, através de um comunicado.

"O Real Madrid estende estas condolências a todos os madridistas de todo o mundo e aos que sentem com emoção a perda do melhor jogador de todos os tempos", completou a nota.

A saúde de Di Stéfano vinha abalada nos últimos anos. Ele já sofrido um ataque cardíaco em 2013 e já usava um marca-passo desde 2005.

Um dos maiores ídolos do Real Madrid

Di Stéfano, que nasceu no dia 4 de julho de 1926 em Buenos Aires (ARG), é um dos grande responsáveis por tornar o Real Madrid um dos gigantes europeus. Fez parte da equipe que assombrou o futebol mundial nas décadas de 50 e 60, formando parceria com o húngaro Ferenc Puskas. Foi com ele em campo que os merengues se tornaram os maiores vencedores de títulos da capital espanhola e da Europa.

Nos 11 anos em que defendeu o Real, foi pentacampeão europeu e conquistou oito títulos espanhóis. Ainda foi campeão mundial em 1960 e da Copa do Rei em 1962.

Em retribuição aos serviços prestados, o clube lhe condecorou com o título de presidente honorário e dedicou uma área do Bernabeu para homenagear o argentino.

Início no River Plate e três seleções defendidas   

O ex-craque iniciou sua carreira no River Plate em 1945, sendo emprestado logo em seguida para o Huracán e retornando dois anos depois para o gigante argentino onde deslanchou, disputou 66 jogos e marcou 49 gols.

Em 1949, transferiu-se para o Millionários, da Colômbia, após uma greve dos jogadores de seu país natal. Por lá também fez história e foi campeão nacional, tendo disputado 102 partidas e feito 88 gols.

Apesar de ser considerado um dos maiores nomes do futebol argentino, Di Stéfano só disputou seis jogos com a camisa de seu país. Ele também defendeu a Colômbia, mas em apenas quatro partidas.

A seleção que atuou por mais tempo foi a Espanha, onde esteve presente em 31 duelos, balançando as redes 23 vezes.

O ex-jogador, porém, nunca disputou uma Copa do Mundo.