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Na primeira casa, Corinthians era freguês do Palmeiras e algoz do Santos

Jogadores do Corinthians em foto de 1918 jogam no estádio da Ponte Grande, a primeira casa do clube - Divulgação / Corinthians
Jogadores do Corinthians em foto de 1918 jogam no estádio da Ponte Grande, a primeira casa do clube Imagem: Divulgação / Corinthians

Do UOL, em São Paulo

18/05/2014 06h00

No dia 18 de maio de 2014, data em que deve se eternizar na história a primeira partida oficial do Corinthians no Itaquerão, pouca gente se lembra do estádio da Ponte Grande, a primeira casa desse clube centenário.

Foi nesse campo, construído em um terreno de 13 mil metros quadrados, situado na Marginal Tietê em São Paulo, que o Corinthians começou a escrever sua história em casa própria.

Ele ficou pronto em 1918 após dois anos de um mutirão que reuniu diretores, jogadores e sócios em torno de seu erguimento.

O Corinthians jogou ali durante 16 anos. E foi lá que começou a se desenvolver uma freguesia naquela que um dia se tornaria a maior rivalidade da capital.

O Corinthians nunca venceu o Palmeiras (então Palestra Itália) no estádio da Ponte Grande. Foram quatro jogos, três derrotas e um empate.

A inauguração do campo, inclusive, foi feita em um torneio amistoso entre as duas equipes, vencido pelo Palestra. No primeiro jogo, empate em 3 a 3. No segundo, triunfo do Palmeiras, 4 a 2.

Em compensação, o lugar foi palco de vários atropelos sobre o Santos, que nunca conseguiu vencer o alvinegro paulistano ali: foram sete jogos, um empate e seis vitórias do Corinthians, incluindo duas goleadas por 6 a 1.

Mas a principal vítima do Corinthians em seu primeiro estádio foi a Portuguesa, que perdeu todos os oito jogos que disputou ali.

No local onde ficava o estádio, hoje há quadras de tênis.

A outra casa corintiana, o estádio da Fazendinha, no Parque São Jorge, continua de pé, mas não recebe jogos do futebol profissional desde 2002.