CBF tenta impedir lobby de intermediários na escolha do sucessor de Tite
Classificação e Jogos
A diretoria da CBF tem lutado contra a atuação de intermediários e agentes no processo de escolha do novo técnico da seleção brasileira, substituto de Tite. Há uma preocupação com um excesso de pessoas de dentro e fora da entidade atuando ou falando sobre o assunto. A intenção do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é centralizar o tema.
O UOL Esporte publicou que houve um contato por meio de um intermediário com o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, em outubro. Foi uma conversa não oficial, uma sondagem para saber se haveria interesse e ele se mostrou aberto. Neste caso específico, houve consentimento da entidade.
Mas, desde então, há uma série de agentes, empresários e até ex-jogadores procurando técnico para a CBF. Esses movimentos ocorreram porque Ednaldo já falou publicamente que não descartaria um treinador estrangeiro.
A confederação ficou bastante incomodada com esse tipo de ações em nova da diretoria. Ainda houve irritação com declarações de dirigentes da CBF falando sobre o assunto, sendo que Ednaldo ressalta que só a voz dele que conta de fato, pois é quem tomará a decisão.
Foi por isso que a confederação soltou uma nota desautorizando intermediários. "A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem a público reiterar que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, não nomeou ou autorizou qualquer pessoa da confederação (vice-presidentes, diretores, executivos ou funcionários) ou de fora da confederação (presidentes de federação ou dirigentes de clubes) a procurar, em nome da Presidência, qualquer treinador ou profissional do futebol para a composição da equipe que irá trabalhar junto à Seleção Brasileira Masculina de Futebol, com foco na classificação para a Copa do Mundo de 2026. A CBF também desautoriza qualquer pessoa a falar em nome da entidade sobre o assunto."
A informação é de que a nota inclusive chegou até Ancelotti e agradou ao italiano. Se as negociações definitivas de fato forem abertas, isso deverá ocorrer com presença de emissários oficiais da confederação.
A CBF promete o anúncio do técnico para janeiro. O que Ednaldo terá de definir é se contratará antes um diretor de seleções para fazer o contato e negociação. Sua tendência é pela centralização da decisão, mas poderia delegar a negociação. Atualmente, pela ideia do dirigente, ele mesmo atuaria em toda a frente.
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