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Política na Copa: iranianos protestam por mulheres, ingleses por LGBTQIA+

Jogadores da Inglaterra ajoelharam em protesto antes do apito inicial  - Alex Pantling - The FA/The FA via Getty Images
Jogadores da Inglaterra ajoelharam em protesto antes do apito inicial Imagem: Alex Pantling - The FA/The FA via Getty Images

Rodrigo Mattos

21/11/2022 12h28

Classificação e Jogos

O jogo Inglaterra e Irã foi tomado por pautas políticas envolvendo os dois times. Da parte iraniana, os jogadores e boa parte da torcida iraniana mostrou apoiaram ao protestos de mulheres por mais liberdade. Do lado inglês, houve manifestação dos jogadores ingleses antes do jogo pela igualdade de tratamento do público LGBTQIA+ no Qatar, mas não foi usada a vetada braçadeira de arco-íris.

Antes da partida, a discussão política já tinha feito parte da partida. A Fifa tomou uma decisão antes da Copa de criar braçadeiras padrão para jogadores com o objetivo de enfraquecer a campanha pelos direitos da LGBTQIA+. Havia oito capitães de seleções europeias dispostos a usar o artigo.

A pressão da Fifa gerou o temor entre as seleções de que pudesse haver punição com cartões amarelos dos capitães. Com isso, as federações europeias soltaram um comunicado antes do jogo explicando que não usariam as braçadeiras. Isso causou contrariedade entre os dirigentes europeus.

Pouco antes do jogo, os jogadores da Inglaterra se ajoelharam em protesto. É uma manifestação normalmente usada contra o racismo, mas os ingleses tinham o objetivo de ressaltar a causa de defesa de pedido de tratamento igual para a população LGBTQIA+. Isso porque o Qatar, país-sede da Copa, tem leis contra a comunidade.

Já o time iraniano não cantou o hino do país. Aparentemente isso foi feito em protesto contra a pressão pelo governo do Irã da manifestação pelos direitos das mulheres no Irão. O assassinato da iraniana Masha Amini sob custódia da política gerou protestos generalizados no país.

Nas arquibancadas, iranianos usavam camisas com o slogan "Women Life Freedom". No intervalo, foi aberta uma grande bandeira com a frase. Não houve repressão da Fifa.