Sem citar Fla, Guerrero agradece liberação: 'Já não há sonhos impossíveis'
Foi com muita emoção que o atacante Paolo Guerrero comemorou a decisão do Tribunal suíço de liberá-lo para a Copa do Mundo da Rússia ao conceder o efeito suspensivo sobre a pena imposta pelo CAS (Corte Arbitral do Esporte) de 14 meses por conta de doping. Fazendo uma série de agradecimentos, ele não citou o Flamengo, seu clube, e classificou o ato como justo.
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As maiores menções foram à federação peruana, seus companheiros de seleção e ao povo de seu país, que lhe transmitiu diversas mensagens de carinho ao longo dos seis meses de suspensão que já cumpriu. Filosofando, o jogador de 34 anos destacou que “já não há sonhos impossíveis”.
“Eu me uno a minha seleção e, junto a meus companheiros, me comprometo a dar o maior dos meus esforços para dar novas e maiores alegrias ao meu país. Já não há limites. Já não há sonhos impossíveis, porque está demonstrado que quando os peruanos estão unidos, tudo é possível”.
Guerrero disputará a Copa do Mundo com o Peru e, a princípio, cumprirá em seguida o restante da pena, que é de oito meses. O Flamengo ainda não se manifestou sobre o caso e sua permanência no clube da Gávea é incerta.
Veja abaixo a íntegra do comunicado oficial de Guerrero:
“O Tribunal suíço deixou em suspenso a injusta sanção imposta contra mim e que, em consequência, havia me deixado desabilitado a integrar minha seleção e participar da Copa do Mundo da Rússia como seu capitão.
Esta decisão faz justiça, ao menos parcialmente, e me compromete a agradecer ao tribunal suíço.
Como crente que sou, agradeço em primeiro lugar a Deus, a quem eu sempre acreditei, e ao apoio invariável da minha família. Por suposto, devo assinalar que isso não seria possível sem o apoio da Federação Peruana de Futebol e em particular ao seu presidente, o senhor Edwin Oviedo, que permaneceu ao meu lado na Suíça cada um dos dias transcorridos até obter o resultado favorável.
Finalmente deixo minha gratidão ao presidente da Fifa, senhor Gianni Infantino, aos capitães de Austrália, Dinamarca e França, à FIFPRO, aos meus colegas jogadores profissionais de outras seleções e a tantas pessoas, anônimas ou não, que de uma maneira ou outra foram úteis para chegar a esse resultado.
Minha batalha segue e dela seguirão a cargo meus advogados, a quem também agradeço. Eu me uno a minha seleção e, junto a meus companheiros, me comprometo a dar o maior dos meus esforços para dar novas e maiores alegrias ao meu país. Já não há limites. Já não há sonhos impossíveis, porque está demonstrado que quando os peruanos estão unidos, tudo é possível”.
Entenda o caso
Guerrero testou positivo no último dia 5 de outubro para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína e da folha de coca, após o empate sem gols entre Peru e Argentina, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. O metabólito está na lista de substâncias proibidas.
Por isso, a Comissão Disciplinar da Fifa puniu o jogador com um ano de suspensão no dia 3 de novembro. A defesa do jogador havia entrado com recurso à Comissão de Apelações da Fifa, reduzindo a pena para seis meses, que terminou em 3 de maio.
A defesa de Guerrero alegou que o atleta bebeu um chá de coca dentro do hotel. Os advogados Bichara Neto e Pedro Fida fazem a defesa jurídica de Guerrero.
Contratado pelo atacante peruano, o bioquímico Luiz Carlos Cameron argumentou que a quantidade da substância dopante encontrada na urina do jogador não era suficiente para responsabilizá-lo por uso de droga.
O bioquímico salientou que não havia traços de coca no cabelo do jogador, o que seria mais uma evidência de que Guerrero não havia consumido cocaína. Uma funcionária do hotel de Buenos Aires prestou depoimento à CAS, via Skype, onde teria admitido a entrega de um chá com coca para Guerrero. Mas a defesa do atacante não convenceu a CAS, que aplicou suspensão por 14 meses.
Inconformado com a decisão, Guerrero avisou que buscaria seus direitos fora do âmbito esportivo. Seus advogados apelaram ao Tribunal Federal Suíço, que liberou o atleta provisoriamente.
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