Defensor de treino aberto, Tite fecha seleção perto da Copa por privacidade
Tite comandará nesta quinta-feira (31), em Londres, seu sétimo treino no período de preparação pré-Copa da seleção brasileira. Em todos eles, uma semelhança: muito pouco do que o treinador pensa para o time pôde ser observado. Em uma escala maior do que em outras convocações, o comandante vem optando por atividades cada vez mais fechadas.
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Se o elogiado trabalho no Corinthians foi marcado pela abertura quase que total dos treinos, o cenário na seleção mudou com o passar do tempo. E ganhou uma regra para o período de Copa do Mundo: ao menos uma atividade completamente fechada por semana. Foi assim no último sábado (26), na Granja Comary, e será também nesta sexta (1), no CT do Tottenham.
Ao tomar tal decisão, a comissão técnica sustentou que a equipe precisa de privacidade, evitando uma exposição acima do normal às vésperas do Mundial da Rússia.
A opção de fechar parte dos treinos já vinha sendo adotada em amistosos e jogos das Eliminatórias, mas o cerco aumentou nos últimos dias.
Se antes era possível acompanhar trabalhos táticos e orientações aos jogadores, agora o aquecimento físico e a tradicional roda de bobinho se tornaram as principais imagens captadas por câmeras e repórteres. Poucos trabalhos táticos foram liberados.
Tite não pretende esconder o time que entrará em campo às 11h (de Brasília) deste domingo (3), contra a Croácia, em Liverpool, mas quer evitar detalhes, preservar suas variações.
“Para mim é melhor. Estou há alguns anos na Europa, a gente tem mais tranquilidade para trabalhar. Os treinos são diferentes dos jogos e a gente tenta trabalhar para surpreender os adversários. E normalmente a gente vai errar para acertar no jogo”, comentou o lateral Danilo.
Sem especulação
Fechando os treinos, Tite evita uma especulação ainda maior sobre o assunto titularidade às vésperas da Copa. Nas recentes entrevistas dos jogadores, é possível notar a preocupação interna em rechaçar a ideia de que há apenas 11 titulares.
“Nem sempre o time que começa é o mesmo que termina. Todos são importantes”, frisou Thiago Silva. “Não me lembro de o time que começa ser o mesmo a terminar uma Copa”, completou Renato Augusto.
Antes mesmo do período de treinos, a comissão técnica já havia mostrado a preocupação sobre o debate de nomes. O coordenador Edu Gaspar admitiu que não quis revelar a lista de 12 suplentes – além dos 23 convocados – para rechaçar especulações.
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