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Copa 2018

Colega de time, Adriano compara Talisca a Rivaldo e ainda sonha com Copa

Adriano comemora após marcar pelo Besiktas contra o Napoli - Maurizio Lagana/Getty Images
Adriano comemora após marcar pelo Besiktas contra o Napoli Imagem: Maurizio Lagana/Getty Images

Lucas Pastore

Do UOL, em São Paulo

22/03/2018 04h00

Companheiro de Talisca no Besiktas, Adriano compara o jogador ao ex-camisa 10 da seleção brasileira Rivaldo e espera que o colega tenha trajetória de sucesso na equipe nacional. Além disso, os recentes problemas na lateral-esquerda fazem com que o ex-jogador do Barcelona ainda sonhe com uma vaga na Copa do Mundo da Rússia.

Adriano chegou ao Besiktas na temporada passada e já se sagrou campeão turco em sua primeira temporada pelo clube.

"A gente sempre tem esperança. Trabalho primeiro para o clube, sem dúvida. Consegui retomar meu futebol, tenho confiança no meu futebol. No meu último ano no Barcelona, joguei pouco e achei que meu ciclo tinha acabado. Consegui dar continuidade no Besiktas. E a gente sempre pensa em seleção", confessou Adriano, ao UOL Esporte.

"Tenho amigos na seleção, e a comissão técnica conhece meu futebol. Torço independentemente de estar lá ou não e fico feliz pelo trabalho que a seleção vem fazendo", completou.

A lateral-esquerda, posição em que Adriano joga, se tornou problema para Tite na convocação para os amistosos contra Rússia e Alemanha, que acontecem respectivamente nesta sexta-feira (23) e na próxima terça-feira (27). O técnico chamou originalmente Marcelo, do Real Madrid, e Filipe Luís, do Atlético de Madrid, mas perdeu o segundo, que sofreu fratura na fíbula da perna esquerda.

Alex Sandro, da Juventus, foi chamado para seu lugar, mas teve destino semelhante. O lateral do clube italiano se queixou de dores no primeiro treino da seleção nesta janela e foi detectada uma lesão muscular na coxa direita do jogador. Com isso, Tite teve de cortá-lo.

O jogador do Besiktas lamentou o problema com Filipe, com quem criou relação de amizade na Espanha, mas admitiu que tem esperanças de herdar uma vaga na seleção para a Copa do Mundo.

"Aumenta. Fico triste. Mandei mensagem para o Filipe. Consegui fazer uma amizade muito grande com ele. Coincidimos de jogar na seleção e jogamos muitas vezes contra na Espanha. Fico triste por ele, estava em grande momento, demonstrando que tinha qualidade e competência para estar na seleção", lamentou Adriano.

"Fico triste por ele. A gente não quer que isso aconteça. Mas tem essa vaga e a gente tem esperança. Está um pouco difícil, mas a comissão conhece minha experiência, minha qualidade coletiva", continuou.

A solução encontrada por Tite após as lesões de Filipe Luís e Alex Sandro foi Ismaily, lateral-esquerdo do Shaktar Donetsk. Por se tratar de um jogador desconhecido do grande público, a convocação surpreendeu muita gente – incluindo Adriano.

"Vou ser sincero, acompanho pouco o trabalho dele, mas a comissão da seleção é muito competente. Se ele está lá é porque tem condições. Claro que as pessoas falam que é surpresa, mas a comissão está trabalhando para isso", opinou.

Moral para Talisca

Anderson Talisca comemora o gol do Besiktas contra o porto - Murad Sezer/Reuters - Murad Sezer/Reuters
Imagem: Murad Sezer/Reuters

Companheiro de Adriano no Besiktas, Talisca foi uma das novidades de Tite na lista para os amistosos contra Rússia e Alemanha. O lateral diz que a convocação não é surpresa pelo futebol que o atacante apresenta e compara seu estilo ao de Rivaldo, que fez sucesso vestindo a camisa da seleção.

"Acho que é o trabalho dele. Sempre falei isso. A característica dele hoje é mais ou menos semelhante ao Rivaldo. É mérito dele estar na seleção pelo que ele fez. Espero que ele possa aproveitar esse momento, que é importante para ele e para a seleção. É a última convocação antes da Copa do Mundo. Acho que o Tite que ver jogadores novos", declarou.

Talisca joga como camisa 10 clássico no Besiktas, atrás do camisa 9 em função que não existe na seleção brasileira. No esquema tático de Tite, Casemiro joga como primeiro volante. À frente Paulinho e Renato Augusto dividem funções ofensivas e defensivas.

Isso faz com que Adriano pense que a posição ideal do jogador na seleção é como um atacante móvel, fazendo função semelhante à desempenhada por Roberto Firmino.

"Acho que ele é um cara de muita chegada. Tem bom passe, bate bem falta. Dá ritmo, é muito inteligente. Acho que na frente ele é mais efetivo, como demonstrou aqui. Acho que ele é útil solto na frente", opinou.

Prestes a ver o colega estrear na seleção brasileira, Adriano, que já vestiu 17 vezes a amarelinha, tentou passar experiência ao companheiro. E já avisou: não vai ter como fugir do trote.

"Isso (trote) é normal (risos). Hoje em dia, já não é surpresa para mais ninguém. A única coisa que falei com ele é para aproveitar esse momento, tentar ser feliz, porque nossa carreira é muito curta. Ele tem muito que aprender ainda, mas tem aprendido muito aqui, sempre falamos com ele. Espero que ele possa aproveitar. Já falei para ele que o grupo tem caras espetaculares, que vão receber ele muito bem para ele poder jogar bola, que é o que ele sabe fazer. Não tem como fugir do trote, mas faz parte", declarou.

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