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Fla joga só 45 minutos. E isso talvez seja pouco até para o G-4

O primeiro tempo foi de real candidato ao título brasileiro. O segundo, de time que merece, no máximo, a Sul-Americana. Muita gente acha que Tite recuou o Flamengo e pagou caro por isso. Para mim, o problema foi o de sempre. Falta de pernas após 45 minutos marcando pressão no campo do adversário.

É verdade que se o plano do treinador rubro-negro sufocou o Fluminense na etapa inicial; após o intervalo coube a Fernando Diniz alterar o panorama com alterações táticas tão conhecidas quanto eficientes. André recuou para a zaga, entrou LIma, Marcelo saiu e, o mais importante, John Arias passou a atuar pelo lado direito do ataque, nas costas de Felipe Luiz.

Foi o bastante para o tricolor passar de dominado a dominador e o gol de empate, ainda que aos trancos e barrancos, sair, com a luxuosa colaboração de Matheuzinho, nas costas do qual Yony Gonzalez entrou livre, Filipe Luís, que permitiu a cabeçada cruzamento de Arias e Rossi, que hesitou em sair do gol.

Somente a partir daí, Tite resolveu mexer. E o fez de forma desastrada, tirando Arrascaeta e Pedro, para colocar Gabriel e Éverton Ribeiro, que não jogam bulhufas faz muito tempo. Trocou ainda Cebolinha, que atuara bem no primeiro tempo, por Bruno Henrique, que parece ter esquecido o bom futebol depois que acertou a renovação de seu contrato por mais três anos.

O resultado é que o 1 a 1 não saiu do placar e a chance mais clara, no final da partida, ainda foi do Flu, com John Kennedy entrando livre, cara a cara com Rossi, mas concluindo fraco, para defesa do goleiro argentino.

O empate, combinado à vitória do Palmeiras sobre o Internacional, praticamente reduz a pó o sonho do título. E mantém o Fla fora do G-4, grande meta do professor Adenor, ao assumir o rubro-negro.

Sua grande missão, entretanto, será reformular radicalmente esse elenco, envelhecido pelo passar dos anos e pela postura pouco profissional de ídolos como o outrora Gabigol, tão protegido por essa diretoria de amadores incompetentes.

Na penúltima coletiva, foi o médico Tanure que apareceu para explicar que ele tem jogado com dores nos adutores; desta vez, coube a Bruno Spindel vir ao microfone defender o indefensável: a expulsão do ex-artilheiro, que caiu em provocação infantil de Nino e ainda fez se esvair o tempo de acréscimos quando o Flamengo ainda lutava por um golzinho salvador.

Só falta mesmo renovarem o seu contrato (que só termina no final de 2024!) com aumento...

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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