Copa São Paulo deveria dar espaço a árbitros em início de carreira

A Federação Paulista de Futebol está realizando mais uma edição da Copa São Paulo de Futebol Junior, agora denominada sub-20. Trata-se da 50ª edição que, lá atrás, quando a Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo organizava, permitia a participação de jogadores mais velhos, prontos para serem utilizados no grupo de profissionais dos clubes. Tanto é que até hoje, nomes consagrados no futebol brasileiro e mundial são lembrados como destaques revelados na "Copinha".
Diferentemente dos clubes, a FPF já utilizou a competição para lançar novos árbitros e ao mesmo tempo prestigiou o evento escalando árbitros consagrados. Também, até hoje, aproveita para colocar em prática o que vai exigir da arbitragem nas competições profissionais por ela organizadas durante o ano.
Entendo que sendo a competição para jogadores até 20 anos, a Federação deveria utilizar os árbitros mais jovens e promissores. No entanto, coloca em campo alguns com idade elevada e que não chegarão a lugar algum. São árbitros que não evoluíram por falta de qualidades ou de oportunidades e, hoje, se contentam com algumas escalas nas competições destinadas às categorias de base. Iniciam o ano empolgados, motivados, sonhando e terminam, como sempre, desiludidos, revoltados, na expectativa que no ano seguinte as coisas melhorem. Doce ilusão.
É de se questionar a qualidade dos formandos da Escola de Árbitros da Federação Paulista ou os critérios da Comissão de Arbitragem que, após dois ou três anos praticando, não despertam nos dirigentes do apito a confiança necessária para trabalharem em uma competição destinada aos jovens até 20 anos. Lamentável!
Todos sabemos que a competição vai exigir mais dos árbitros nas fases seguintes e, mesmo assim, inclusive nos clássicos com muita rivalidade e eliminatórios, penso que os jovens mais qualificados devem ser escalados. Início de carreira para jogadores e para árbitros. A Copinha deveria ter essa finalidade do começo ao fim.
Utopia minha? Pode ser. Porém, não basta exigir coragem do árbitro, é preciso que os dirigentes confiem e assumam a responsabilidade do trabalho que fazem, bem ou mal.
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