Topo

Menon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Torcedor (cliente) chiliquento é o que o São Paulo menos precisa

21/06/2022 11h29Atualizada em 21/06/2022 16h48

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

As câmeras de televisão mostraram um torcedor revoltado tirando a camisa do São Paulo e a jogando arquibancada abaixo.

Uma cena triste para o clube e também para o futebol brasileiro.

Torcer por um clube pressupõe amor incondicional. Não se troca de time. Não existe divórcio. O único aceitável é uma decepção cada vez maior, que se transforma em desalento e desinteresse.

Nunca em ofensa. A camisa é como um estandarte. É como a bandeira de um país. Não é possível que seja destruída ou vilipendiada. Amassada. Jogada no lixo.

Quem faz isso não é torcedor. Está se comportando como cliente. Não estou satisfeito com o atendimento do balconista ou da caixa, então vou trocar de farmácia. Percebi uma barata na sala, então nunca mais vou a esse cinema.

Os torcedores clientes e chiliquentos exigem que o time seja campeão. Afinal, ele paga algum plano de fidelidade, afinal, paga metrô, vai chegar tarde em casa e tem direito de tratar a camisa do clube como um trapo qualquer.

Não tem.

O torcedor verdadeiro pertence ao clube. O clube não pertence a ele.

Pode vaiar, deve vaiar - após a derrota consumada - pode mostrar seu descontentamento de muitas formas.

Não pode é jogar a camisa no chão. A camisa não pertence a ele. É um símbolo de milhões.

Torcedor cliente e chiliquento deve ir ao Procon e não ao estádio desrespeitar o clube que não lhe pertence.