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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Triplistas do Brasil perdem para Adhemar Ferreira da Silva e Yulimar Rojas

Adhemar Ferreira da Silva, atleta brasileiro do salto triplo - Getty Images
Adhemar Ferreira da Silva, atleta brasileiro do salto triplo Imagem: Getty Images

04/08/2021 16h29

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Em 1956, Adhemar Ferreira da Silva conquistou o bicampeonato olímpico no salto triplo com a marca de 16m35.

Agora, em Tóquio, 65 anos depois, Matheus de Sá conseguiu 16m49. O único dos três brasileiros a superar Adhemar. Almir Júnior conseguiu 16m27 e Alexsandro Melo desistiu após saltar 15m65 e se lesionar. Apenas para comparar, a venezuelana Yulimar Rojas venceu a prova com 15m67.

Os resultados ruins merecem uma análise profunda do COB. Almir e Alexsandro conseguiram a vaga para Tóquio superando a marca mínima, de 17m05. Mateus se classificou pelo ranking, após a desistência de Alexis Copello, cubano que compete pelo Azerbaijão.

A marca exigida para se chegar à final era de 17m05 ou os 12 primeiros. Apenas cinco atletas conseguiram. O italiano Tobias Bachi, com 16m78, fechou a fila dos que tentariam o ouro.

A marca era extremamente acessível para Almir, que saltou 17m20 em 2021 e que tem 17m53 como recorde pessoal. Alexsandro já saltou 17m20. Seria mais difícil para Mateus, que tem 16m87 como maior salto conquistado.

Foi apenas um triplo dia ruim?

Mesmo que seja, é necessário uma análise profunda por parte dos responsáveis. Foram marcas fraquíssimas. "Vocês ainda vão ouvir falar muito de mim", prometeu Almir, após a prova. Tomara que sim, por um bom motivo e não por um desempenho aceitável apenas há 50 anos.