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Valencia foi conivente com o racismo
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O Valência perdeu uma chance enorme de cravar uma estaca a mais no vampiro chamado racismo, chaga mundial.
Aos 36 minutos do primeiro tempo, após uma discussão com o espanhola Cala, do Cadiz, o francês Diakhaby denunciou ofensa racial ao árbitro da partida. E recusou-se a continuar em campo.
Os seus companheiros também. Todos deixaram o gramado e foram para o vestiário.
Durou pouco. O time voltou, sem Diakhaby. O Valencia explicou que o jogador pediu aos companheiros que voltassem e lutassem pela vitória. Diakhaby foi para as tribunas com olhar triste e furioso.
Gayá, capitão do Valencia, disse que foram avisados que o clube perderia os pontos caso não voltassem a campo.
Mesmo assim, com pedido de Diakhaby e a ameaça relatada pelo capitão, o Valencia não deveria ter voltado.
Deixar o campo é bonito, mas o necessário era abandonar o jogo. Ao voltar, deixou claro que tentar os três pontos era mais importante do que lutar contra o racismo.
E Diakhaby? Na minha opinião, não deveria ter pedido aos companheiros que voltassem. Se é que pediu. O importante é perceber que ele é a vítima e não merece julgamento de blogueiro branco.
O Valencia soltou nota de repúdio. Grande merda.
E ainda perdeu o jogo.
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