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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

A derrocada dos treinadores brasileiros

24/02/2021 18h11Atualizada em 24/02/2021 18h11

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Abel Ferreira é português. Ariel Holan e Hernán Crespo são argentinos. Três dos quatro grandes de São Paulo optaram por treinadores estrangeiros para a temporada.

A porcentagem é de 75%. São três postos de trabalho (15%) das vagas do Brasileiro negadas a treinadores brasileiros. Poderia ser Luxemburgo, Tiago Nunes ou Mano Menezes que passaram por aqui recentemente. Ou Cuca, que acabou de deixar o Santos.

A roda gigante da mesmice parou. O bingo trocou os nomes. Há uma nítida desconfiança com treinadores brasileiros. Mesmo os vencedores. Abel pode ser campeão e dar lugar ao espanhol Ramítez. Ceni ficará em situação ruim, caso Jorge Jesus saia do Benfica.

E o Galo? Já avisou que buscará um português para substituir o argentino Sampaoli. E o Coritiba quer subir sob o comando de Eduardo Morínigo.

Logicamente, ser estrangeiro não garante trabalho de qualidade - Sá Pinto e Paulo Bento São exemplos - mas a realidade é que figurões como Luxemburgo, Mano Menezes e Felipão perderam espaço.

Figurinhas também. Onde estão Zé Ricardo, Alberto Valentim ou Rogério Micale? Ou figurões que viraram figurinhas, como Marcelo Oliveira?A concorrência é grande e fica a pergunta: o que os treinadores brasileiros apresentaram de novidade nos últimos anos? O que fizeram em termos de atualização? Ficaram sentados à beira do caminho, como Erasmo, ou siiting on the dock of the bay, como Otis Redding.

Ou mudam de atitude, ou vão pedir cota para treinadores brasileiros no Brasileirão.