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Crespo demonstra respeito e amor ao futebol
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Hernán Crespo continua sendo uma incógnita. Lógico, nem começou a trabalhar ainda. Mas sua entrevista foi muito boa. Demonstrou coerência e fidelidade a um estilo de jogo.
E respeito.
Ao clube, deixando claro uma obviedade: o grande é o clube e não ele. Ele é que se sente agradecido e feliz por estar no clube.
A Fernando Diniz, a quem elogiou o trabalho. Ao Brasileirão e jogadores, falando da possibilidade (quimera?) de título. E ao Paulistão, torneio que elogiou, negando ser um espaço para experiências. Na verdade, ao falar isso, está demonstrando novamente respeito ao clube. É preciso vencer.
Como?
Ele acredita em várias formas. Escolheu a sua, com a bola longe de seu arco. Assim, é mais fácil chutar lá e não ser "chutado" cá. Parece simples, mas é difícil. Precisa de tempo para ser implantado. Precisa de paciência. Haverá? É o desafio.
E o que mais gostei na entrevista foi quando ele explicou a essência de seu estilo. É aquilo que, desde os tempos de criança, nos faz gostar de futebol.
Futebol não pode ser complicado. Precisa manter o lado lúdico das peladas infantis. Como no texto de Eduardo Galeano: "ganamos, perdimos, pero no divertimos".
Ele, que logo foi para a base do River, ou eu, o maior perna de pau já visto em Aguaí, vocês que estão lendo, gostamos do mesmo: diversão, drible e gols, muito gols.
É nossa paixão, não? Eu, não sei vocês, acrescento um zagueiro botinudo e um volantão com cara de mau.
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