Opção de Carvalhal mostra como nosso futebol está mal
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Carlos Carvalhal era uma das opções do Flamengo para substituir Jorge Jesus. Houve uma conversa inicial, sem proposta. O treinador disse que preferia continuar em Portugal.
Ele, que levou o Rio Ave a um inesperado quinto lugar e à Liga Europa, vai trabalhar no Braga, terceiro colocado e também classificado à Liga Europa.
E fica a dúvida. Por que preferir o Braga, clube que se orgulha de ser o quarto grande, após Benfica, Porto e Sporting, ao Flamengo, que tem condições técnicas e financeiras de ser o melhor time da América do Sul?
Por que optar pelo time de uma cidade de 140 mil habitantes a outro que tem em torno de 40 milhões de torcedores?
A Liga Europa, segundo campeonato mais importante do continente, é mais importante que a Libertadores?
A verdade é que não somos vitrine.
Jorge Jesus fez um trabalho fenomenal e recebeu oferta apenas de Portugal.
Vai longe o tempo de treinadores brasileiros fazendo sucesso em Portugal, como Luis Felipe Scolari e Oto Glória.
Estamos em uma prateleira bem inferior.
Apenas o Flamengo pode mudar essa realidade. Com treinadores estrangeiros dando o Norte. Quem sabe com novos títulos será possível que as coisas mudem por aqui.
E há outra questão, além do futebol: estamos falando de Rio, de Brasil e de governantes que não conseguem formatar um plano mínimo de combate aos efeitos da pandemia.
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