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Menon

Haaland não é um cometa. É um craque sem companhia

17/05/2020 13h09

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O apelido é engraçado, mas injusto. Cometa Haaland se justifica pela semelhança com Cometa Halley, aquele que nos visita a cada 73 anos e que minha avó viu duas vezes. Uma informação totalmente desnecessária para vocês, mas que ajuda a matar saudades.

Voltemos a Erlinger Haaland, o grande destaque do futebol alemão. Ele voltou a jogar. E a fazer gols. São 13 em 12 jogos pelo Borussia. Antes, 29 gols em 27 jogos pelo Red Bull Salzburg. Quer mais? Vinte gols em 50 jogos pelo Molde.

Ah, ele vai completar 20 anos em julho.

Não parece um cometa. Cometa é algo fugaz, que dá as caras de vez em quando. Os deputados que visitam suas bases eleitorais de quatro em quatro anos são chamados de cometa. Os antigos caixeiros viajantes que visitavam fregueses no interior também eram cometas.

Haaland, tudo indica, será uma estrela brilhante por um bom tempo. Não fosse a crise econômica oriunda da pandemia, iria no final do ano para um time ainda maior. Real Madrid, Liverpool, Barcelona, algo assim.

Uma estrela que nunca fará parte de uma constelação. O futebol norueguês não tem grandes jogadores. Os últimos com brilho foram Tore Flo e Solskjaer, principalmente pelas vitórias contra o Brasil: 4 x 2 em 1997 e 2 x 1 na Copa de 98.

Haaland é a esperança de classificação para um Mundial. Terá poucosApoucos coadjuvantes decde peso. Como foi Shevchenko para a Ucrânia. Se conseguir, será um feito.

Afinal, cometa é a Noruega e não ele.